Segunda-feira, 29 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 13 de abril de 2022
O SIVERGS (Sindicato das Indústrias do Vestuário do Rio Grande do Sul) acompanha com apreensão a guerra na Ucrânia. Os reflexos do conflito na economia mundial, entre eles o aumento do petróleo e a suspensão da exportação pela Rússia de fertilizantes, poderá provocar uma alta nos preços das roupas, dos calçados e de outros produtos têxteis.
“Com a pandemia, o nosso setor já havia absorvido um aumento de 40% na matéria-prima. Agora, os efeitos da escalada das tensões econômicas respingam na nossa indústria com uma nova elevação dos preços das matérias-primas, aumento dos custos de produção e, consequentemente, o enfraquecimento do consumo”, afirma Silvio Colombo, presidente do SIVERGS. O primeiro reflexo à economia brasileira foi a alta do petróleo, que elevou o preço da gasolina, diesel e gás. Além do valor do frete por conta do aumento dos combustíveis, a alta do petróleo deve afetar ainda os preços do poliéster e de outras fibras derivadas. “À medida que o valor desses materiais sintéticos aumentam e conforme o setor precisa buscar alternativas, como as fibras naturais, a tendência é que todos os preços do mercado subam”, diz Colombo.
A suspensão das exportações de fertilizantes e insumos pela Rússia, que atende cerca de 20% da demanda do Brasil, também acende uma luz de alerta no setor. A medida coloca em risco a produção de algodão no País, provocando um possível desabastecimento da cadeia.
Outra questão, de acordo com a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) é o impacto inflacionário que poderá elevar as taxas de juros, afetando os negócios para o setor. Para o presidente do SIVERGS, o setor possui poucas saídas e esses cenários aumentam as chances dos custos serem repassados, pelo menos em parte, para os consumidores.
Silvio Colombo, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do Rio Grande do Sul. (Foto: Divulgação)
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