Sexta-feira, 18 de Julho de 2025

Home Acontece Sistema FIERGS e governo do RS apresentam a cônsul-geral dos EUA impactos de taxação para indústrias gaúchas

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Em reunião com o cônsul-geral dos Estados Unidos em Porto Alegre, o Sistema FIERGS e o governo do Rio Grande do Sul apresentaram os impactos, para indústrias gaúchas, da taxação americana de 50% sobre produtos exportados pelo Brasil. O encontro, na manhã desta sexta-feira (18), no Palácio Piratini, reuniu, além do presidente Cláudio Bier e do governador Eduardo Leite, secretários estaduais e representantes sindicais e industriais, que enfatizaram a preocupação das empresas com essa situação.

A intenção era reunir subsídios e possíveis estratégias que possam ser levadas pelo cônsul-geral, Jason Green, ao Consulado Geral em Porto Alegre e, posteriormente, à Embaixada dos EUA no Brasil. Durante o encontro, o presidente do Sistema FIERGS ressaltou que a situação é muito preocupante e exige calma por parte dos envolvidos, a fim de não aumentar os prejuízos que já atingem as indústrias gaúchas que enviam mercadorias ao território americano.

Ressaltando a importância da mediação e da negociação, Bier lembrou que a entidade já realizou reuniões sobre o assunto com as federações do Sul e com a Confederação Nacional da Indústria, além dos sindicatos industriais gaúchos. Também informou que, na segunda-feira (21), terá um encontro com o vice-presidente Geraldo Alckmin, em Brasília. “É um momento de muito diálogo, não podemos de maneira nenhuma acirrar ainda mais essa situação. A FIERGS está muito preocupada com esse cenário. Não podemos deixar passar nenhuma tentativa de acordo, porque é fundamental para que venhamos a conseguir um resultado melhor para nossas indústrias”, disse Bier.

No decorrer da reunião, representantes dos setores de armas e munições, madeira e móveis, pescados e calçados — fortemente expostos ao mercado americano — relataram os impactos sentidos desde o anúncio do aumento das tarifas. O economista-chefe do Sistema FIERGS, Giovani Baggio, também apresentou dados que apontam o Rio Grande do Sul como segundo estado brasileiro mais afetado pela elevação tarifária, com uma perda potencial de R$ 1,9 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB) (a íntegra do estudo está em anexo).

Diante disso, Leite enfatizou que a prorrogação do prazo para entrada em vigor da nova taxa, prevista para 1º de agosto, é fundamental para que se possa negociar e minimizar os prejuízos aos setores produtivos gaúchos. Defendeu, ainda, que o governo federal precisará avaliar a adoção de medidas de apoio emergencial aos setores mais atingidos, caso não haja revisão das tarifas, ponto também apontado como prioritário em documento elaborado pela FIERGS e por sindicatos no início da semana.

“Existem empresas no Estado que exportam praticamente 100% da sua produção para os Estados Unidos. Comunidades inteiras estão sob risco. E esse impacto não será sentido apenas aqui: há também consequências diretas sobre cadeias produtivas e empregos nos próprios Estados Unidos. Por isso, nosso apelo é para que se avalie a postergação da entrada em vigor dessas tarifas, o que permitiria tempo para negociação, minimizando danos para os dois países”, afirmou o governador.

Também participaram do encontro os secretários estaduais da Casa Civil, Artur Lemos, de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e da Fazenda, Pricilla Santana, o presidente da InvestRS, Rafael Prikladnicki, e representantes de Abicalçados, CMPC, Farsul, Federasul, Fecomércio, GM, Tramontina, Braskem, Dell, Movergs, Sinborsul, Verallia, entre outras empresas e entidades setoriais.

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