Sexta-feira, 06 de Junho de 2025

Home Porto Alegre Sistemas de proteção contra as cheias de Porto Alegre terão repasses de R$ 171 milhões do governo gaúcho

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O governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite encaminhou nesta quarta-feira (4) o repasse de R$ 171 milhões para a prefeitura de Porto Alegre, via Fundo a Fundo da Reconstrução. O recurso será empregado para melhorar as criticadas estruturas existentes de proteção contra as cheias da capital, como diques, Estações de Bombeamento de Água Bruta (EBABs), Estações de Bombeamento de Água Pluvial (EBAPs), Estações de Bombeamento de Esgoto (EBEs), comportas e Estudos para o Sistemas de Proteção Contra Cheias (SPCC).

Em maio do ano passado, Porto Alegre sofreu com uma enchente histórica que inundou grande parte da cidade, incluindo áreas como o Centro Histórico e bairros do 4º Distrito.

Esse é o primeiro repasse do programa estadual que financia ações estruturais e emergenciais de reconstrução e adaptação climática nos municípios.

“Estamos destinando cerca de R$ 171 milhões para fortalecer as estruturas de proteção contra cheias em Porto Alegre, garantindo mais segurança para a população e apoiando diretamente a atuação da prefeitura. Esses recursos, viabilizados pelo Fundo de Reconstrução do Estado, mostram como o Plano Rio Grande está promovendo uma reestruturação que vai além do imediato, é uma reconstrução baseada em resiliência, com investimentos estruturais que farão do Rio Grande do Sul um exemplo para todo o Brasil”, afirmou Leite.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, explicou como será utilizado o recurso.

“O nosso sistema de contenção de cheias foi construído nos anos 1960, após as cheias de 1941. E agora precisamos reconstituir o sistema antigo e, ao mesmo tempo, construir um novo. Esses sistemas envolvem casas de bomba e diques, entre outros elementos. Queremos agradecer essa parceria. Temos muitas famílias que recebem ainda auxílios do estado e do município. O único caminho é juntar esforços”, afirmou Melo.

Leite ainda oficializou a entrega de 26 novas viaturas à Defesa Civil (DC) do Estado. Os veículos serão utilizados em ações que abrangem desde a prevenção até a reconstrução em cenários de desastre.

Do total, 23 veículos automotores da marca Fiat, sendo três modelo Mobi e 20 camionetas Titano, todos novos, foram destinados à DC por meio de doação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), viabilizados por meio de Termo de Ajustamento de Conduta daquele Estado. O Ministério Público do Rio Grande do Sul auxiliou nas tratativas para a parceria. Já a aquisição de dois micro-ônibus e um caminhão guincho plataforma asa delta foi viabilizada por meio de recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), totalizando um investimento de R$ 2.119.000.

“O momento vivido pelo Rio Grande do Sul exigia mais do que solidariedade, exigia ação. Conseguimos, por meio de um acordo, sensibilizar uma montadora a priorizar o que era mais urgente, a vida e a reconstrução. É uma honra contribuir com a entrega dessas viaturas à Defesa Civil gaúcha, porque sabemos da importância que elas terão no cuidado com as pessoas. O MP de São Paulo está ao lado do povo gaúcho nessa caminhada de recuperação e resiliência”, afirmou o promotor Denilson de Souza Freitas, do MPSP.

Leite assinou contratos e ordens de serviço de dois projetos que fazem parte do eixo Preparação do Plano Rio Grande: a batimetria dos rios e a contratação de novas estações hidrometeorológicas.

O levantamento batimétrico ou batimetria dos rios é importante para saber a profundidade e o comportamento das nossas águas. Os serviços de batimetria serão efetuados, inicialmente, em quatro blocos, nas bacias da Região Metropolitana de Porto Alegre, Taquari-Antas, Baixo Jacuí e Guaíba, as mais afetadas pela enchente de 2024.

No total, 2.589 quilômetros, abrangendo também as bacias hidrográficas de Guaíba, Vacacaí-Mirim, Sinos, Jacuí, Caí, Pardo, Jacuí, Gravataí e Taquari-Antas receberão investimentos no total de R$ 10.033.650 e o serviço deverá ser realizado em seis meses.

As novas estações irão compor a rede de monitoramento hidrometeorológico do Rio Grande do Sul, e seu objetivo é acompanhar variáveis como chuvas e nível dos rios, fornecendo dados importantes para gestão hídrica e previsão de eventos climáticos. Além das 160 estações hidrometeorológicas já instaladas no Estado, o Executivo assinou a contratação da implantação e operação de 130 novas estações de monitoramento.

 

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