Quarta-feira, 17 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 17 de setembro de 2025
A atriz brasileira Sônia Braga, de 75 anos, compartilhou um tributo comovente ao ator e diretor Robert Redford, que faleceu na terça-feira (16) aos 89 anos. Em uma publicação nas redes sociais, Sônia relembrou momentos marcantes ao lado do astro de Hollywood, com quem viveu um breve relacionamento na década de 1980, segundo relatos da imprensa internacional.
Sônia destacou que Redford foi responsável por seu primeiro trabalho em um longa-metragem nos Estados Unidos: Rebelião em Milagro (1988), dirigido por ele.
“Ser dirigida por Redford foi uma experiência única. Ruby, minha personagem, era uma mulher fascinante. Robert, por sua vez, tinha uma beleza serena, inquieta e uma intensidade rara no olhar”.
Ela contou que uma das cenas do filme foi gravada durante a chamada “hora mágica” do pôr do sol, repetida por vários dias até que Redford considerasse a atuação perfeita. Entre as filmagens, os dois conversavam sobre temas diversos, da vida às flores, passando pelo Brasil, país que despertava grande curiosidade no diretor.
Sônia revelou que o amor pela natureza era um dos vínculos mais profundos entre eles. “Quando Milagro estreou, fomos juntos a Cannes. Ele havia acabado de voltar da Rússia e trouxe de lá um buquê de flores selvagens para mim”.
Ela também relembrou as caminhadas que fizeram juntos em Sundance, onde colhiam flores pelo caminho. Mesmo após anos sem se verem, Sônia contou que, ao fotografar flores pelas ruas de Nova York, um hobby pessoal, era invadida por lembranças perfeitas:
“Uma caminhada tranquila, uma flor rara, o cheiro da terra. A natureza é isso: linda, poderosa, capaz de nos aproximar”.
A homenagem de Sônia Braga não apenas relembra a relação pessoal com Redford, mas também celebra o impacto artístico e humano que ele teve em sua vida. Em meio à dor da despedida, a atriz propôs uma reflexão sobre o que realmente nos une em tempos difíceis:
“Talvez seja exatamente nisso que devêssemos pensar no mundo conturbado de hoje: nas coisas que nos unem, muito mais do que nas que nos separam”.