Segunda-feira, 01 de Setembro de 2025

Home em foco Superior Tribunal de Justiça abre prazo para Advocacia-Geral da União e Ministério Público se manifestarem em batalha jurídica contra Alexandre de Moraes

Compartilhe esta notícia:

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin, abriu prazo de 15 dias para que a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério Público se manifestem no processo em que a plataforma de vídeos Rumble e a Trump Media tentam enquadrar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em uma ação que imputa ao magistrado censura a usuários de redes sociais.

O caso, originalmente em tramitação nos Estados Unidos, empacou porque a Justiça americana não conseguiu intimar o magistrado. Cabe agora a Benjamin, depois de ouvir a AGU e o MP, decidir se o procedimento de citação deve ou não seguir adiante.

Desde 2004, é responsabilidade do STJ, e não mais ao Supremo, o papel de homologar decisões tomadas fora do país para que tenham validade dentro das fronteiras brasileiras. A medida vale para o cabo de guerra com a Rumble, mas serve também como possível saída jurídica para que bancos brasileiros, emparedados com o risco de serem punidos nos Estados Unidos por manterem transações com Moraes, peçam autorização ao tribunal para fazer cumprir no Brasil as sanções elencadas na chamada Lei Magnitsky contra o magistrado do STF.

O andamento do processo que resume a briga entre as empresas de mídia americanas e o juiz tido como desafeto do bolsonarismo ocorre às vésperas de a Primeira Turma do Supremo julgar Jair Bolsonaro e mais sete integrantes do antigo governo por golpe de Estado.

Em represália ao que chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente, em julho o republicano Donald Trump incluiu Alexandre de Moraes na Magnitsky, impedindo, em tese, que quaisquer empresas com transações nos Estados Unidos mantenham o juiz na lista de clientes.

Criada no governo de Barack Obama, a legislação originalmente mirava o governo da Rússia, que havia prendido um informante que descobrira desfalques milionários em uma empresa e morrera em condições suspeitas sob custódia do Kremlin, mas foi ampliada para impor sanções migratórias e restrições patrimoniais, como o congelamento de ativos, a cidadãos estrangeiros envolvidos em corrupção ou em graves violações de direitos humanos.

A Rumble e a Trump Media alegam que o ministro se enquadra na legislação por ter decretado supostas prisões arbitrárias de apoiadores do ex-presidente e bloqueado os bens de cidadãos brasileiros naturalizados americanos. As informações são da revista Veja

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de em foco

Monitoramento pela Polícia Federal na área externa da casa de Bolsonaro repercute no Congresso
Polícia Federal vai abrir inquérito sobre suspeita de vazamento de informações da megaoperação contra o PCC
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa Na Madrugada