Sábado, 07 de Junho de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 30 de maio de 2025
A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou nesta sexta-feira (30) que o governo de Donald Trump retire o status legal temporário de mais de 500 mil imigrantes – o que abre caminho para a deportação dessas pessoas.
O tribunal derrubou uma ordem determinada pela juíza distrital Indira Talwani, de Boston, em abril, que suspendia a ação do governo para encerrar a “liberdade condicional” imigratória concedida a 532 mil venezuelanos, cubanos, haitianos e nicaraguenses que vivem nos EUA pelo antecessor de Trump, Joe Biden.
Na sentença, ela concluiu que a lei que rege essa liberdade condicional não permitia a rescisão total do programa e exigiu uma revisão caso a caso.
Dois dos três juízes liberais do tribunal, Ketanji Brown Jackson e Sonia Sotomayor, discordaram da decisão.
A ministra Jackson argumentou que o governo não demonstrou dano irreparável suficiente para justificar a suspensão, e que a medida causará grande prejuízo humano e social aos imigrantes afetados, além de contrariar o equilíbrio de interesses exigido para concessão de suspensões desse tipo.
O Tribunal de Apelações do 1º Circuito dos EUA, de Boston, que analisou o recurso do governo antes do Supremo, recusou-se a suspender a decisão de Talwani.
Argumentos
No processo enviado à Suprema Corte, o Departamento de Justiça disse que a ordem de Talwani havia derrubado “políticas imigratórias críticas que são cuidadosamente calibradas para impedir a entrada ilegal”, efetivamente “desfazendo políticas democraticamente aprovadas que tiveram grande destaque na eleição de novembro” que levou Trump de volta à Presidência.
Já os imigrantes afetados pela medida que entraram na Justiça contra ela afirmaram à Suprema Corte que enfrentariam graves danos se sua liberdade condicional fosse interrompida, já que o governo suspendeu indefinidamente o processamento de seus pedidos pendentes de asilo e outros auxílios à imigração.
Eles ainda disseram que seriam separados de suas famílias e imediatamente sujeitos à deportação acelerada “para os mesmos países despóticos e instáveis de onde fugiram, onde muitos enfrentarão sérios riscos de perigo, perseguição e até mesmo a morte”.
No Ar: Show de Notícias