Segunda-feira, 15 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de setembro de 2025
Os aliados mais radicais de Jair Bolsonaro (PL) estão em pé de guerra com Valdemar Costa Neto, presidente do PL (Partido Liberal), partido do ex-presidente. No sábado (13), Valdemar afirmou que “houve um planejamento de golpe” e que “o Supremo decidiu [condenar Bolsonaro], temos que respeitar”.
As afirmações foram feitas durante um evento em Itu (SP) do qual participaram os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), cotados como alternativas a Bolsonaro na disputa pela Presidência da República em 2026.
Os presidentes do PSD, Gilberto Kassab, e do PP, Ciro Nogueira, também estavam presentes. Valdemar ainda ponderou que “o Supremo só está fazendo isso porque tem apoio do governo” Lula, “nunca teve o golpe efetivamente”. Não adiantou.
“Como eu digo: não estamos nesta m*** de dar gosto à toa”, escreveu Paulo Figueiredo, braço-direito de Eduardo Bolsonaro (PL) na articulação por sanções dos Estados Unidos ao Brasil por conta do julgamento do ex-presidente.
“Não foi por falta de aviso”, respondeu o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro. O nome favorito do grupo é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A família Bolsonaro não quer perder o controle e a influência nessa definição. E, no início de setembro, Valdemar disse que iria apoiar “o candidato que o presidente Bolsonaro indicar, mesmo que seja alguém da família Bolsonaro”, inclusive Eduardo, um dos nomes cogitados pelo grupo.
O que preocupa o Centrão, entretanto, é que Bolsonaro funciona no próprio ritmo, e dificilmente vai indicar o candidato no tempo que o grupo deseja. O temor é que o ex-presidente deixe essa definição para a última hora, como fez Lula (PT) em 2018, e acabe por obstruir a construção de uma candidatura viável.