Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home em foco Supremo dos Estados Unidos barra imposição de vacina em empresas

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A Suprema Corte dos Estados Unidos bloqueou nesta quinta-feira (13) a decisão do presidente Joe Biden de impor a vacinação contra a covid nas empresas com mais de cem funcionários, o que representa um duro golpe nos esforços do líder democrata contra a pandemia.

Ao mesmo tempo, a máxima instância judicial americana validou a obrigação de vacinação para funcionários públicos de instituições sanitárias que dependam de fundos federais.

O tribunal agiu depois de ouvir argumentos na sexta-feira passada na luta legal sobre mandatos temporários emitidos em novembro por duas agências federais destinadas a aumentar as taxas de vacinação nos EUA e tornar os locais de trabalho e os ambientes de saúde mais seguros.

Em novembro, a Casa Branca anunciou que passaria a exigir das empresas com mais 100 funcionários que garantam a imunização de seus empregados nos Estados Unidos.

Os funcionários que não estivessem imunizados teriam de ser testados pelo menos uma vez por semana e também usar máscara no local de trabalho.
A medida visava atingir 84 milhões de trabalhadores, segundo a Casa Branca (o equivalente a 25% da população americana), e foi anunciada no dia em que o país ultrapassou as 750 mil mortes pelo vírus.

Os EUA são o país com mais mortes e casos de covid do mundo (844 mil e 63,2 milhões, respectivamente), à frente de Brasil (620 mil e 22,7 milhões) e Índia (485 mil e 36,3 milhões).

Apesar de os EUA terem liderado a vacinação contra a covid no mundo no começo, o governo Biden passou a encontrar dificuldades para convencer parte da população a se imunizar.

Isso fez com que a campanha de vacinação estagnasse e número de casos e mortes voltassem a disparar no país, principalmente nos estados com menor cobertura vacinal e entre americanos não imunizados — o que passou a ser chamado de “pandemia dos não vacinados”.

Atualmente, menos de 63% da população está completamente imunizada, contra mais de 68% no Brasil, por exemplo.

Biden

Em resposta à decisão, o governo de Joe Biden divulgou uma carta onde afirma que se sua gestão não houvesse estabelecido requisitos de vacinação, o país estaria agora enfrentando um número ainda maior de internações e mortes por covid.

“A decisão da Suprema Corte de manter a exigência de profissionais de saúde salvará vidas: as vidas de pacientes que procuram atendimento em instalações médicas, bem como as vidas de médicos, enfermeiros e outros que trabalham lá. Ele cobrirá 10,4 milhões de profissionais de saúde em 76 mil instalações médicas”, disse Biden.

Apesar de elogiar a decisão de manter a exigência de vacina para profissionais da saúde, Biden afirmou estar “desapontado” com a posição da Suprema Corte em bloquear os requisitos de “bom senso”.

“Estou desapontado que a Suprema Corte tenha optado por bloquear os requisitos de bom senso para salvar vidas para funcionários de grandes empresas, que foram fundamentados diretamente na ciência e na lei”, divulgou em carta aberta.

“A Corte decidiu que meu governo não pode usar a autoridade que lhe foi concedida pelo Congresso para exigir essa medida, mas isso não me impede de usar minha voz como presidente para defender que os empregadores façam a coisa certa para proteger a saúde e a economia dos americanos”, acrescentou o presidente.

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