Sábado, 27 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 12 de fevereiro de 2023
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram por unanimidade negar a ação feita pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. O presidente de honra do PTB havia pedido a suspeição do magistrado na condução dos processos das fake news e milícias digitais.
O recurso recebeu dez votos contrários e nenhum a favor. Como Moraes era um dos envolvidos no episódio, ele não tinha autorização para votar. A relatora do processo, a ministra Rosa Weber, defendeu o arquivamento do documento e seus colegas de plenário concordaram.
Roberto Jefferson é investigado nos dois inquéritos. O ex-deputado segue preso em regime fechado desde outubro do ano passado. Ele estava em prisão domiciliar e recebeu policiais federais a tiros, quando foram prendê-lo para voltar ao regime fechado.
A defesa de Jefferson justificou que Moraes já venceu dois processos de indenização contra o ex-deputado. No entanto, para a relatora do processo no STF, Rosa Weber, Jefferson fez uma suspeição provocada, quando se tenta forçar o afastamento do juiz. No caso, o ex-deputado ficava constantemente ofendendo o ministro nas redes sociais.
“Na realidade, a simples leitura dos fundamentos expostos pelo arguente revelam que todas as circunstâncias apontadas como evidências da suposta inimizade capital com o magistrado recusado dizem respeito a fatos ocorridos em passado distante, anterior à prisão processual indicada pelo arguente como marco temporal a ser considerado”, afirmou a ministra Rosa Weber.
Entenda o caso
No fim do ano passado, Jefferson provocou Alexandre de Moraes. “Se o ministro Alexandre de Moraes fosse o chefe da diligência, a coisa seria diferente. Se ele tivesse coragem para me enfrentar”, afirmou na ocasião.
E acrescentou: “Não é uma coisa de juiz-jurisdicionado, virou de homem para homem. Ele me humilhou e humilhou a minha Ana. A mesma fibra ele tem, como eu tenho, a audácia dos canalhas. Só que nós precisamos nos encontrar pessoalmente para discutir isso”.
Poucas semanas depois, o Supremo Tribunal Federal determinou a prisão de Jefferson, que recebeu os policiais federais com tiros e granadas. Atualmente, o ex-deputado está preso no presídio Benfica, no Rio de Janeiro.