Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025

Home Política Tarcísio, Zema, Caiado e Ratinho Jr criticam prisão domiciliar de Bolsonaro; Eduardo Leite adota tom contra a polarização

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Interessados em disputar a presidência no ano que vem, governadores de direita criticaram a determinação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ordem, expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, cita o descumprimento de medidas cautelares após a participação do ex-mandatário, através de videochamadas, de manifestações pró-anistia no domingo.

Apesar de não terem participado dos atos de apoio ao ex-presidente, os governadores que têm se colocado para a disputa eleitoral postaram mensagens de apoio. Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, publicou um vídeo no qual critica a decisão, mas sem menções diretas ao STF ou a Moraes. Ele classificou a prisão de Bolsonaro como “um absurdo” e disse ser necessário que as instituições tomem iniciativa para “desescalar a crise”.

“Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la? Será que não está claro que estamos avançando em cima de garantias individuais? Já passou da hora das instituições tomarem iniciativas para desescalar a crise, acabarem com uma disputa que resulta em soma zero, que mostra incapacidade de resolver e mediar conflitos, que não gera outro efeito senão a perda de confiança”, escreveu Tarcísio na legenda da gravação.

“Mais um capítulo sombrio na história de perseguição política do STF”, disse, por sua vez, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que também prestou solidariedade à família de Bolsonaro. “Alexandre de Moraes agora colocou Bolsonaro em prisão domiciliar por ter sua voz ouvida nas redes”, continuou ele, acrescentando que a situação seria “a democracia do silêncio e do medo”.

Já Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, disse que o ex-presidente está condenado “antes da conclusão de seu julgamento”. “Se um cidadão não pode se manifestar publicamente em sua defesa, é porque o veredito está dado. Isso é grave, ainda mais se observarmos um processo que começou errado, quando o STF definiu pelo julgamento do ex-presidente em uma Câmara e não pelo Pleno da Suprema Corte”, publicou Caiado, antes de acrescentar: “Essa escalada política aprofunda as divisões que ferem o País e deixam o povo brasileiro em segundo plano”.

O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), por sua vez, afirmou que o povo brasileiro tem buscado prosperidade, o contrário do que a prisão de Bolsonaro representaria. “Não será com ativismo que iremos construir um novo país”. O paraense também disse que “briga não coloca mais comida na mesa do trabalhador”, mas prestou solidariedade ao ex-mandatário.

Por fim, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), adotou um tom diferente. Em uma nota publicada no X, ele disse não discutir “a legalidade ou a razão jurídica” da decisão de Moraes, mas afirmou ver “com desânimo este episódio envolvendo a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Até quando vamos ficar dobrando a aposta pra ver o que acontece? Até quando nossa energia será consumida na busca de exterminar adversários mais do que em erradicar os graves problemas do país? Como nação, é hora de refletir sobre os graves danos da polarização e buscar novos caminhos. Não é mais sobre qual lado tem razão, é sobre manter a serenidade e a esperança no Brasil que sonhamos e queremos ter”, escreveu Leite.

A manifestação de parte dos governadores revela o movimento dos presidenciáveis que buscam se posicionar no campo conservador, tentando captar os votos e a influência política do bolsonarismo, especialmente diante do momento delicado vivido pelo ex-mandatário. Com Bolsonaro preso em regime domiciliar, figuras como Zema, Tarcísio Ratinho se apresentam como alternativas para herdar o “espólio” político da direita, disputando a preferência do eleitorado conservador para a próxima eleição presidencial. (Com informações do jornal O Globo)

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