Sábado, 26 de Julho de 2025

Home Economia Taxa de 50% sobre produtos brasileiros está prevista para entrar em vigor na próxima sexta

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A tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a uma série de produtos brasileiros está prevista para começar a vigorar a partir de 1º de agosto. Diante da proximidade do prazo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva prepara um pacote de medidas emergenciais para socorrer os exportadores afetados, com foco especial em setores de bens perecíveis, como peixes, frutas (manga, melão, mamão, entre outros) e pequenas empresas.

De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, o plano prevê um cronograma dividido em três fases: 30 dias, 60 dias e 90 dias, de modo a priorizar quem não pode esperar. Os produtos exportados para os Estados Unidos seriam classificados conforme a urgência. Bens como café em grãos, carnes e suco de laranja podem suportar um tempo maior. Para itens duráveis, o horizonte pode ser ainda mais extenso.

O governo brasileiro trabalha com a possibilidade concreta de que a taxação entre em vigor sem recuo por parte dos Estados Unidos, uma vez que, segundo interlocutores, as tentativas de diálogo com assessores do ex-presidente Donald Trump não avançaram. “As portas continuam fechadas”, disse um ministro envolvido nas negociações, acrescentando que as decisões estariam concentradas na Casa Branca, nas mãos do próprio Trump.

Entre as medidas em estudo, está a concessão de subsídios diretos a pescadores e produtores de alimentos perecíveis para compensar perdas e viabilizar vendas no mercado interno. Um exemplo citado foi o do atum: 55% do pescado do Ceará é destinado ao mercado americano, com preço médio de R$ 80 o quilo. Segundo técnicos, seria inviável manter esse valor no mercado doméstico sem apoio.

Outra possibilidade avaliada é o uso de linhas de crédito com condições especiais, por meio do Fundo de Garantia de Operações (FGO), com prazos de carência e taxas de juros diferenciadas. A prioridade seriam pequenas empresas, consideradas mais vulneráveis e com menor acesso ao crédito privado ou a mecanismos judiciais nos Estados Unidos.

Ainda segundo fontes do governo, o plano emergencial pode ter custo semelhante ao da ajuda federal ao Rio Grande do Sul após as enchentes de 2024, que girou em torno de R$ 6 bilhões apenas em linhas de crédito.

O vice-presidente Geraldo Alckmin lidera as tratativas com setores afetados e tem mantido reuniões com empresários e representantes industriais. Uma das propostas apresentadas ao governo foi a reedição de medidas adotadas na pandemia, como redução de jornada de trabalho, antecipação de créditos tributários e ampliação do crédito imobiliário. A prioridade, segundo ele, é a redução ou suspensão das tarifas impostas. (Com informações do jornal O Globo)

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