Sábado, 02 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 1 de agosto de 2025
O TikTok lançou novos recursos de segurança, especialmente voltadas para adolescentes. Os pais já podiam vincular sua conta ao perfil do seu filho, mas, agora, também poderão bloquear a interação dele com usuários e receber notificações quando publicarem novo conteúdo. Também poderão denunciar vídeos.
Outra novidade da sincronização familiar é deixar mais claras as configurações de privacidade que o adolescente seleciona. Será possível, por exemplo, verificar se ele habilitou downloads para seu conteúdo ou se a lista de seguidores está visível para outras pessoas.
Os pais poderão ainda revisar as configurações de privacidade da conta dos filhos e ver quais tópicos ele prioriza em seu feed.
De acordo com o TikTok, as mudanças são baseadas em pesquisas, orientações do Conselho Global da Juventude e conversas com especialistas do Digital Wellness Lab, do Boston Children’s Hospital.
Verificação
A empresa também está expandindo o teste de seu produto de verificação de fatos com base em colaboração coletiva, chamado footnotes (notas de rodapé), e começará a exibir observações em postagens da ferramenta que possam ser enganosas ou imprecisas.
As footnotes só aparecerão ao lado de vídeos caso sejam consideradas úteis pelo algoritmo do TikTok e bem avaliadas pelos usuários do aplicativo.
Outros novos recursos anunciados foram desenvolvidos para criadores de conteúdo no TikTok. A empresa anunciou uma função de silenciamento para o TikTok Live que bloqueia palavras, frases e emojis potencialmente ofensivos nos comentários.
Outra ferramenta, chamada Content Check (Verificação de Conteúdo), permitirá que os usuários testem proativamente se seus vídeos violam alguma diretriz da comunidade que possa impedir que eles apareçam no feed “Para Você” – o principal espaço onde os usuários visualizam conteúdo recomendado.
As novas ferramentas chegam em um momento em que as empresas de redes sociais têm sido fortemente criticadas por não protegerem seus usuários, especialmente os adolescentes. O TikTok, que pertence à empresa ByteDance, com sede em Pequim, enfrenta cerca de 1.500 processos judiciais pendentes relacionados à segurança infantil e questões de privacidade.
Enquanto isso, concorrentes como o X e a Meta têm revisado seus recursos de segurança – em alguns casos, flexibilizando as políticas de discurso. O X, de Elon Musk, por exemplo, passou anos eliminando regras de moderação de conteúdo, uma abordagem que atraiu a atenção de reguladores da União Europeia.
Tendência
A Meta também afrouxou suas restrições de discurso e encerrou neste ano a verificação de fatos feita por terceiros em suas plataformas nos Estados Unidos.
A expansão do TikTok com as footnotes segue a adoção de produtos semelhantes por outras redes sociais. O X já possui uma versão do recurso, chamada Community Notes (Notas da Comunidade), desde antes de Elon Musk adquirir a empresa no fim de 2022. A Meta, dona do Instagram e do Facebook, anunciou um programa semelhante no início deste ano.
O recurso está disponível apenas nos EUA por enquanto, e o TikTok afirmou que pode levar algum tempo até que as footnotes comecem a aparecer no app, pois é necessário que os colaboradores opinem ao longo do tempo e que os usuários cheguem a um consenso comum antes da publicação.
As footnotes serão avaliadas por uma combinação de revisores humanos e inteligência artificial. Os rótulos não substituirão o programa de verificação de fatos da ferramenta, que limita a distribuição de conteúdos considerados imprecisos por verificadores independentes.
O TikTok está usando cada vez mais a inteligência artificial para aplicar suas políticas de comentários e identificar declarações que precisam ser encaminhadas para análise de moderadores e verificadores de fatos. A empresa informou que cerca de 85% do conteúdo removido na plataforma é excluído automaticamente por meio de sistemas automatizados.
Os desafios legais que o TikTok enfrenta em relação à segurança dos usuários podem representar um risco para possíveis compradores interessados em salvar o popular aplicativo de vídeos nos Estados Unidos, onde ele corre o risco de ser banido.
Processos judiciais não resolvidos normalmente são transferidos para a empresa adquirente em uma eventual compra. O prazo mais recente para a venda das operações do TikTok nos EUA é 17 de setembro, embora o presidente Trump já tenha prorrogado esse prazo três vezes. (Com informações do jornal O Globo)
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