Domingo, 31 de Agosto de 2025

Home Brasil Tirar dinheiro do Banco do Brasil? Como grupos de WhatsApp acreditaram em ‘falência’ devido a sanções dos Estados Unidos

Compartilhe esta notícia:

Há pouco mais de uma semana, muitos brasileiros que abriram as redes sociais e os grupos de WhatsApp receberam mensagens como essas em forma de vídeo, foto e texto.

Mas, desde a última segunda-feira (25/8), elas também estão nas mãos da Polícia Federal (PF).

Sob argumento de que tinham como objetivo “gerar caos no sistema financeiro nacional”, a Advocacia-Geral da União (AGU), acionada pela Procuradoria do Banco Central (BC), enviou uma notícia-crime à PF pedindo abertura de uma investigação.

“Observa-se uma ação articulada de disparo massivo de publicações que buscam aterrorizar a sociedade”, disse a AGU.

Uma percepção que se confirma com dados de monitoramento de mais de 100 mil grupos públicos no WhatsApp e 5 mil no Telegram.

O levantamento da empresa de análise de tendências sociais Palver, a pedido da BBC News Brasil, mostra que o Banco de Brasil virou tema frequente de mensagens na segunda quinzena de agosto, com uma prevalência clara de mensagens com conteúdos alarmistas sobre o futuro da instituição.

“A maior parte das mensagens tinham como objetivo principal causar pânico, uma vez que esse é um tema bastante sensível para a população brasileira, vide o fantasma da inflação e do confisco das poupanças”, analisa o cientista de dados Lucas Cividanes, da área de inteligência e análise da Palver.

De pano de fundo para o “alarme”, está a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Alvo do governo de Donald Trump, nos EUA, por supostamente comandar uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, Moraes foi sancionado pela chamada Lei Magnitsky no final de julho.

A lei americana visa sancionar estrangeiros que promovam violações de direitos humanos — no caso de Moraes, um dos argumentos foi que o ministro abusa de sua posição de autoridade para minar a “liberdade de expressão” de cidadãos americanos, já que ele pediu suspensão de contas e redes sociais que desrespeitaram decisões judiciais no Brasil.

Uma percepção que se confirma com dados de monitoramento de mais de 100 mil grupos públicos no WhatsApp e 5 mil no Telegram.

O levantamento da empresa de análise de tendências sociais Palver, a pedido da BBC News Brasil, mostra que o Banco de Brasil virou tema frequente de mensagens na segunda quinzena de agosto, com uma prevalência clara de mensagens com conteúdos alarmistas sobre o futuro da instituição.

“A maior parte das mensagens tinham como objetivo principal causar pânico, uma vez que esse é um tema bastante sensível para a população brasileira, vide o fantasma da inflação e do confisco das poupanças”, analisa o cientista de dados Lucas Cividanes, da área de inteligência e análise da Palver.

De pano de fundo para o “alarme”, está a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Alvo do governo de Donald Trump, nos EUA, por supostamente comandar uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, Moraes foi sancionado pela chamada Lei Magnitsky no final de julho.

A lei americana visa sancionar estrangeiros que promovam violações de direitos humanos — no caso de Moraes, um dos argumentos foi que o ministro abusa de sua posição de autoridade para minar a “liberdade de expressão” de cidadãos americanos, já que ele pediu suspensão de contas e redes sociais que desrespeitaram decisões judiciais no Brasil.

No WhatsApp, o apego foi à frase “O Banco do Brasil atua em plena conformidade à legislação brasileira”.

Um dia antes da publicação da nota, o ministro Flávio Dino, do STF, havia proibido a aplicação no Brasil de sentenças judiciais e leis estrangeiras que não estejam validadas por acordos internacionais ou referendadas pela Justiça brasileira.

Isso incluiria a Lei Magnitsky, usada para retaliar Moraes.

Estava formada aí a “tempestade perfeita” para a campanha contra o BB nas redes.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Bolsonaro recebeu informação de que Exército preparou uma “cela” para sua prisão
Tarcísio diz que, se fosse presidente, seu primeiro ato seria conceder indulto a Bolsonaro
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play

No Ar: Pampa News