Sábado, 22 de Novembro de 2025

Home em foco Tribunal de Contas da União determina que consultoria revele quanto pagou a Sérgio Moro

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O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que a consultoria americana Alvarez & Marsal divulgue quanto o ex-juiz Sérgio Moro recebeu ao deixar a empresa. Pré-candidato à Presidência pelo Podemos, ele se desvinculou da companhia em 31 de outubro deste ano.

No despacho, o ministro Bruno Dantas ainda determinou que seja feito o levantamento de todos os processos de recuperação judicial em que a empresa atuou no período da operação, em ordem cronológica, para acompanhar a evolução dos negócios da companhia.

“Com vistas a obter toda documentação relativa ao rompimento do vínculo de prestação de serviços com o ex-juiz Sérgio Moro, incluindo datas das transações e valores envolvidos”, escreveu o ministro nos autos.

Em despacho anterior, Bruno Dantas já afirmou que os atos de Moro “naturalmente” contribuíram para a quebra da Odebrecht – e quer saber se a Alvarez & Marsal foi beneficiada por eles ao se envolver na recuperação da empreiteira e de outras organizações investigadas sob o comando do ex-juiz.

Dantas acatou pedido feito pelo Ministério Público junto ao TCU. O procurador Lucas Rocha Furtado argumentou que a corte deve obter as informações para avaliar se houve suposto conflito de interesses ou ainda “favorecimentos, manipulação e troca de favores entre agentes públicos e organizações privadas “.

A Alvarez & Marsal, empresa para a qual Moro passou a trabalhar após pedir demissão do cargo de ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, trabalhou para a recuperação judicial da Odebrecht, entre outras companhias afetadas pela Operação Lava-Jato.

Dantas também determinou que o Conselho Nacional de Justiça, as corregedorias dos Tribunais de Justiça, “a título de cooperação ” enviem informações sobre todos os processos de recuperação judicial que a companhia americana atuou de 2013 para cá, discriminando a remuneração para a companhia pelos serviços.

Pedido semelhante foi feito à própria Alvarez e Marsal. O ministro pede que “a título colaborativo” informe ao TCU os processos de recuperação para os quais trabalhou, bem como os valores recebidos.

Pelo Twitter, Sérgio Moro afirmou que permaneceu por 23 anos na carreira pública, lutou contra a corrupção “como ninguém jamais havia feito”, trabalhou “honestamente no setor privado para sustentar” sua família. Moro afirmou ainda que nunca pagou ou recebeu propina, fez “rachadinha” ou comprou “mansões”.

“Não enriqueci no setor público e nem no privado. Não atuei em casos de conflito de interesses. Repudio as insinuações levianas do Procurador do TCU a meu respeito e lamento que o órgão seja utilizado dessa forma”, afirmou o ex-juiz.

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