Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025

Home Mundo Trump dá até domingo para Hamas responder cessar-fogo e ameaça com “inferno” se grupo não aceitar

Compartilhe esta notícia:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (3) que o grupo Hamas deve aceitar um acordo de paz até a noite de domingo (5), sob ameaça de uma ofensiva militar ainda mais intensa. A declaração ocorre às vésperas do segundo aniversário do ataque de 7 de outubro contra Israel, que deu início à guerra.

Trump tem buscado cumprir a promessa de encerrar o conflito e repatriar dezenas de reféns antes da data simbólica, na próxima terça-feira (7). O plano elaborado por Washington já foi aceito por Israel e recebeu apoio de diversos países, mas mediadores do processo, como Egito e Catar, além de representantes do Hamas, afirmaram que pontos do acordo ainda precisam ser ajustados.

“Um acordo deve ser alcançado com o Hamas até domingo, às seis da tarde, horário de Washington, D.C.”, escreveu o presidente americano em uma rede social. “Todos os países concordaram. Se este acordo de última chance não for firmado, todo o inferno, como nunca se viu antes, será desencadeado contra o Hamas. Haverá paz no Oriente Médio de uma forma ou de outra.”

O plano, apresentado no início da semana ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prevê a libertação imediata dos 48 reféns ainda em poder do Hamas — cerca de 20 deles estariam vivos. O grupo também teria de abrir mão do poder e entregar suas armas.

Em contrapartida, Israel interromperia sua ofensiva militar, retirando-se de grande parte da Faixa de Gaza. O governo israelense também libertaria centenas de prisioneiros palestinos e permitiria o envio de ajuda humanitária e a reconstrução do território. A proposta abandona a ideia de transferir a população de Gaza para outros países.

O plano prevê ainda que a região, onde vivem aproximadamente 2 milhões de palestinos, passe a ser administrada por um governo internacional, com supervisão de Trump e do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. O documento, no entanto, não abre caminho para uma eventual reunificação com a Cisjordânia, ocupada por Israel.

Desde o fim do cessar-fogo em março, Israel tem intensificado a pressão militar sobre o Hamas, restringindo a entrada de alimentos e medicamentos em Gaza por mais de dois meses e ampliando o controle territorial. A ofensiva resultou na fuga de cerca de 400 mil pessoas da Cidade de Gaza, enquanto centenas de milhares ainda permanecem no local.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a população da região enfrenta fome generalizada. “Vi várias famílias deslocadas ficando no estacionamento do Hospital Shifa”, relatou Olga Cherevko, porta-voz do escritório humanitário da ONU, após visita na quinta-feira (2).

Embora grande parte da liderança do Hamas em Gaza e de seus combatentes tenha sido morta, o grupo ainda mantém influência em áreas não controladas por Israel e realiza ataques ocasionais contra soldados israelenses. O movimento insiste que só libertará os reféns em troca de um cessar-fogo permanente e da retirada das tropas, exigências rejeitadas por Netanyahu, que condiciona o fim da guerra à rendição e ao desarmamento do grupo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Brasil registrou mais de 31 mil acidentes com serpentes peçonhentas em 2024
Incêndio atinge área em obra no bairro Petrópolis em Porto Alegre
Deixe seu comentário
Baixe o app da RÁDIO Pampa App Store Google Play
Ocultar
Fechar
Clique no botão acima para ouvir ao vivo
Volume

No Ar: Programa Pampa Na Tarde