Sexta-feira, 10 de Outubro de 2025

Home Mundo Trump sobe o tom contra a China e ameaça elevar tarifas contra o país

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, subiu o tom contra a China nesta sexta-feira (10). Ele acusou o país de controlar a exportação de elementos ligados às terras raras, ameaçou aumentar tarifas e afirmou não ver mais motivo para se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping.

Os dois líderes teriam um encontro previsto para o fim do mês, nos bastidores da Cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), na Coreia do Sul. Segundo Trump, “agora não há motivo algum” para que a reunião ocorra. Pequim não havia confirmado publicamente o encontro.

Em uma publicação na Truth Social, o republicano afirmou que os EUA estão avaliando um “aumento massivo” nas tarifas de importação sobre produtos chineses e que outras medidas retaliatórias estão em estudo.

“Uma das políticas que estamos calculando neste momento é um aumento massivo nas tarifas sobre produtos chineses que entram nos Estados Unidos. Há muitas outras medidas de retaliação que também estão sendo seriamente consideradas”, escreveu o presidente.

A medida pode reativar uma guerra comercial de retaliações mútuas que Washington e Pequim haviam pausado após uma extensa rodada de negociações diplomáticas no início do ano.

Em sua postagem, Trump também afirmou que a China tem enviado cartas a países de todo o mundo, anunciando planos de impor controles de exportação sobre todos os elementos usados na produção de terras raras.

As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos encontrados em abundância em vários países. A maioria desses minerais está concentrada em dois pontos: na China e no Brasil. São imprescindíveis para a indústria e estão presentes em tecnologias de ponta, como chips para celulares e computadores.

“Ninguém jamais viu algo assim; essencialmente, isso ‘congestionaria’ os mercados e tornaria a vida difícil para praticamente todos os países do mundo — especialmente para a própria China”, afirmou o republicano.

“Mas os EUA também têm posições monopolistas, muito mais fortes e abrangentes do que as da China. Eu simplesmente não escolhi usá-las antes porque nunca houve motivo para isso — ATÉ AGORA!”, acrescentou.

O ataque inesperado de Trump teve impacto imediato sobre os mercados norte-americanos, com o índice de referência S&P 500 caindo 2% após sua publicação nas redes sociais.

As declarações levaram investidores a buscar refúgio em títulos do Tesouro dos EUA, o que fez os rendimentos desses papéis caírem, além de impulsionar o preço do ouro. O dólar americano enfraqueceu em relação a uma cesta de moedas estrangeiras.

A Casa Branca e a embaixada chinesa em Washington não se posicionaram sobre o assunto até a última atualização desta reportagem.

Um porta-voz do representante de Comércio dos EUA não quis comentar, enquanto um porta-voz do Tesouro americano não respondeu imediatamente aos pedidos de comentário da agência Reuters. Esses dois órgãos lideram as negociações comerciais com Pequim.

Controle chinês
A China anunciou na quinta-feira (9) a inclusão de cinco novos elementos à lista de controle de exportações, além de aumentar a vigilância sobre usuários de semicondutores e incluir dezenas de tecnologias de refino na lista de restrições.

O governo chinês também passou a exigir que produtores estrangeiros de terras raras que utilizem materiais chineses cumpram as regras do país.

A China produz mais de 90% das terras raras processadas e dos ímãs de terras raras no mundo.

 

 

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