Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025

Home em foco Ucrânia diz que 90 crianças foram mortas na guerra

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Noventa crianças foram mortas e mais de 100 ficaram feridas na Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país em 24 de fevereiro, disse a Procuradoria-Geral ucraniana nesta segunda-feira (14).

“O maior número de vítimas está nas regiões de Kiev, Kharkiv, Donetsk, Chernihiv, Sumy, Kherson, Mykolayiv e Zhytomyr”, disse o órgão em comunicado.

A Rússia nega visar civis no que chama de “operação especial” para desmilitarizar e “desnazificar” a Ucrânia.

Jovens ucranianos

Enquanto milhões de ucranianos fogem do seu país em razão da guerra, um grupo de jovens se voluntariou em um centro de Kiev para lutar.

A maioria deles estava no final da adolescência e tinha acabado o ensino médio não fazia muito tempo. Eles relataram que receberiam três dias de treinamento básico e depois iriam para a linha de frente – ou muito perto dela.

Maksym Lutsyk, um estudante de biologia de 19 anos, disse que não estava intimidado por se tornar um soldado de uma guerra depois de menos de uma semana de treinamento.

Ele passou cinco anos entre os escoteiros e disse ter aprendido não apenas habilidades para se locomover na mata, como também algum treinamento com armas. Maksym tinha 10 anos quando o conflito militar da Ucrânia com os separatistas pró-Rússia começou, em 2014.

Ele se juntou ao amigo Dmytro Kisilenko, de 18 anos, que estudava economia na mesma universidade.

Dmytro disse: “Eu me acostumei com minha arma. Aprendi a atirar, como agir no combate e também muitas outras coisas que serão muito cruciais na luta com os russos”. Ele riu, como se achasse difícil imaginar o que havia pela frente.

Maksym parecia mais alerta, sério, menos como um estudante descontraído.

“Eu me sinto muito mais confiante do que antes, porque adquirimos conhecimento suficiente em táticas, artes marciais, emergências médicas e como fazer algo no campo de batalha.” Brincando só em parte, ele diz querer ver a bandeira ucraniana hasteada no Kremlin.

A questão na cabeça de todos é se a batalha está chegando definitivamente a Kiev.

“É definitivamente possível”, disse Dmytro. “Nós apenas temos que detê-los aqui, porque se eles chegarem a Kiev, esta guerra pode acabar.”

Eles são da mesma cidade perto da fronteira com a Rússia, que está sendo bombardeada. Suas famílias ainda estão lá.

Dmytro diz que os pais estão orgulhosos do que está fazendo. Ele parecia encantado. Perguntei-lhe se ele estava com medo do que está por vir.

“Não muito, mas é da natureza humana sentir medo, e é claro que no fundo da minha alma sinto um pouco de medo, pois ninguém quer morrer, mesmo que seja pelo seu país. Então, a morte não é uma opção para nós. ”

Dmytro e Maksym falaram sobre seus sonhos para o futuro, de diversão com os amigos, de ir adiante com seus estudos, carreiras e eventualmente formar famílias.

Seus pais devem estar rezando para que os planos, a energia e até mesmo as vidas de seus filhos não sejam esmagadas pela realidade brutal da guerra, como tantos em outras gerações de jovens que foram lutar nas guerras da Europa.

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