Segunda-feira, 03 de Novembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de março de 2022
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou que continuará a negociar com a Rússia e que sua delegação “tem a tarefa clara” de fazer de tudo para facilitar um encontro entre ele e o líder russo, Vladimir Putin.
Zelenski já pediu repetidas vezes por uma reunião com Putin, mas afirma que até agora seus pedidos não foram respondidos pelo Kremlin.
Moscou não descartou a ideia de um encontro entre Putin e Zelenski, segundo o porta-voz presidencial, Dmitri Peskov. “Precisamos entender qual deveria ser o resultado e o que será discutido nesse encontro”, ponderou, segundo noticiou agência russa Interfax.
Zelenski afirmou que representantes dos dois países conversam diariamente por videoconferência, acrescentando que tais contatos são necessários para estabelecer um cessar-fogo e mais corredores humanitários.
Nova rodada
Uma nova rodada de conversas entre representantes russos e ucranianos teve início nesta segunda-feira (14), desta vez por videoconferência.
Segundo o assessor da presidência e negociador ucraniano Mykhailo Podolyak, a comunicação entre ambos os lados é difícil, mas prossegue. Mais cedo o representante da Ucrânia havia afirmado que o foco das conversas seria alcançar um cessar-fogo.
Ao tuitar uma foto da reunião, Podolyak afirmou: “A razão para as discórdias são sistemas políticos muito diferentes.”
Podolyak afirmou que os russos ainda têm a ilusão de que 19 dias de violência contra cidades ucranianos seja uma estratégia correta.
A Rússia nega que tenha civis como alvos. O governo russo descreve suas ações como uma operação especial para desmilitarizar e “desnazificar” a Ucrânia (o partido do presidente Volodymyr Zelensky não é nazista).
As negociações entre Rússia e Ucrânia serão retomadas nesta terça (15), afirmou Podolyak.
“Foi feita uma pausa técnica para as negociações até amanhã (terça-feira, 15)”, disse ele. A parada se deu para que haja mais trabalho dos subgrupos de negociação. Ele também afirmou que serão clarificadas “definições individuais”, sem explicar do que isso se trata.
Mortes em Mariupol
Mais de 2.500 moradores da cidade portuária do Mar Negro de Mariupol, na Ucrânia, foram mortos desde que a Rússia invadiu o país em 24 de fevereiro, disse o conselheiro presidencial Oleksiy Arestovych numa entrevista televisionada nesta segunda.
Ele disse que estava citando informações dadas pela administração da cidade de Mariupol e acusou as forças russas de impedir que a ajuda humanitária chegue à cidade sitiada. A Rússia diz que seus ataques não visam os civis.
O chefe de Relações Exteriores da União Europeia, Josep Borrell, também falou nesta segunda sobre a situação em Mariupol. Ele disse que morreram mais de 2.400 pessoas na cidade sitiada por tropas russas.