Quarta-feira, 03 de Dezembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 2 de dezembro de 2025
A última superlua do ano poderá ser observada no céu do Brasil e de diversos outros países na noite desta quinta-feira (4). O fenômeno ocorre quando a Lua cheia coincide com o perigeu, que é o ponto de maior aproximação do satélite em relação à Terra. Esse alinhamento faz com que a Lua pareça maior e mais brilhante para observadores na superfície terrestre, embora a percepção dependa de uma série de condições ambientais e de observação.
O momento exato da ocorrência varia conforme o fuso horário de cada região. Antes deste episódio, o fenômeno foi registrado em outras duas datas em 2024: 7 de outubro e 5 de novembro. Assim como nesses eventos anteriores, a visibilidade depende também de fatores locais, como nebulosidade, altitude do horizonte e intensidade da iluminação urbana.
De acordo com o Observatório Nacional, as condições do tempo exercem influência direta na observação, podendo favorecer ou prejudicar a visualização do disco lunar. Em nota, a instituição orientou: “Para aproveitar ao máximo o fenômeno, recomenda-se buscar locais com boa visibilidade do horizonte, longe de poluição luminosa, e observar a Lua nas primeiras horas após o nascer, quando sua aparência próxima ao horizonte pode gerar efeitos visuais de maior impacto”. A recomendação reforça a importância de ambientes pouco iluminados para uma observação mais clara.
A astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento, explicou que o termo “superlua” não tem origem científica. Segundo ela, a expressão foi criada em 1979 pelo astrólogo Richard Nolle, que definiu como superlua qualquer Lua cheia que ocorresse quando o satélite estivesse no perigeu ou até 90% próximo desse ponto. Entretanto, conforme observou, o critério dos 90% é considerado arbitrário e não se baseia em parâmetros científicos reconhecidos.
Por não se tratar de um conceito formal dentro da astronomia, existe divergência entre instituições sobre o que caracteriza uma superlua. O Observatório Nacional indica que algumas organizações consideram superlua qualquer Lua cheia ou nova que ocorra quando o satélite se encontra a 360 mil quilômetros ou menos da Terra. Outras instituições adotam um critério temporal, no qual a fase cheia ou nova deve ocorrer dentro de um intervalo reduzido em relação ao perigeu.
Neste ano, as três luas que receberam essa denominação atendem ao critério de estarem a até 90% da proximidade máxima do satélite com a Terra. No entanto, apenas as superluas de 5 de novembro e desta quinta-feira também se enquadram na condição de ocorrerem a menos de 360 mil quilômetros. Quando aplicado um critério ainda mais restrito – no qual a diferença entre o momento da Lua cheia e o perigeu deve ser menor ou igual a 12 horas –, somente a superlua registrada em 5 de novembro se encaixa plenamente na definição. (Com informações de O Estado de S. Paulo)