Terça-feira, 23 de Abril de 2024

Home em foco União Europeia já definiu pacote de sanções caso a Rússia invada a Ucrânia

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Annalena Baerbock, ministra das relações exteriores da Alemanha, disse em entrevista que a União Europeia já fechou um pacote de sanções para a Rússia caso haja uma invasão às terras da Ucrânia.

“A UE deixou claro que não é apenas o cenário de tropas sendo movidas para o país que desencadeará essas sanções”, comentou Baerbock em entrevista coletiva cedida durante a conferência de segurança de Munique no sábado (19).

Diferentemente de Boris Johnson, Kamala Harris e Olaf Scholz, Baerbock não citou quais punições estariam sendo discutidas, porém, fez questão de declarar que diversos cenários estão sendo analisados pela comissão.

“Nem sempre é a reação mais dura que é a melhor arma ou que tenha maior eficiência. Então, temos que olhar mais de perto a situação que está surgindo e avaliá-la com base nisso. Como eu disse, o pior que poderia acontecer seria mais interferências diretas na região. Esse seria realmente o pior cenário, e faremos o que pudermos para evitar isso”, disse Baerbock.

Reino Unido

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, concedeu entrevista coletiva durante o sábado na conferência de segurança de Munique. Em seu discurso, Johnson deixou claro que sanções mais estratégicas estão previstas caso haja uma invasão da Rússia à Ucrânia.

“Não devemos subestimar a gravidade do que está em jogo. Nós (principais países do Ocidente) nos unimos para criar um pacote de sanções muito severas. Estamos preparando por meio da União Europeia. Se a Rússia invadir seu vizinho vamos fazer sanções a empresas importantes de lá. Faremos com que eles não tenham acesso a dinheiro, principalmente por meio do mercado de Londres”, disse o chefe do governo britânico.

“A Grã-Bretanha está pronta para defender a Ucrânia. Estamos mandando navios, temos 2 mil soldados na Polônia e em outros países também. Além disso, aumentamos nossa presença no lado leste, principalmente no Chipre. Também temos mil soldados à disposição para agir se tiver necessidade humanitária.”, completou Boris Johnson.

Ele ainda se posicionou defendendo a integridade de países democráticos. Para Johnson, a Grã-Bretanha vai sempre se posicionar a favor da liberdade e da democracia.

Durante o mesmo discurso, o premiê britânico tentou tranquilizar o mundo dizendo que a Otan não é uma ameaça à Rússia, como disse o presidente Putin.

“Desde 2014, quando houve a invasão à Crimeia, a Otan não colocava tropas a leste da Alemanha. Nunca houve nenhuma ameaça à Rússia, apenas respondemos às suas tropas neste momento”, disse Johnson.

“Gostaria de pedir ao Kremlin que desescale as tensões. Todos aqui nessa conferencia compartilham essa ideia. Ainda podemos conversar. Estamos dispostos a trabalhar e mostrar ao presidente Putin a segurança que ele precisa”, completou.

Dependência

Alguns países europeus possuem uma dependência de produtos comercializados pela Rússia, em especial aqueles derivados de petróleo. Johnson também acenou para essa dependência e disse que já foram estudadas saídas para o caso.

“Nós precisamos superar a dependência de gás e petróleo de Putin. Não é fácil, mas devemos fazer. Fiquei muito feliz de ouvir que Scholz pode desistir do Nord Stream 2 se houver um ataque”, comentou o primeiro-ministro.

O assunto Rússia x Ucrânia foi o mais reportado durante boa parte do evento. Além de Boris Johnson, Kamala Harris e Olaf Scholz também deram declarações sobre o conflito.

“Como disse o presidente Joe Biden, os EUA, nossos aliados da Otan e nossos parceiros têm estado e estão abertos a diplomacia séria. Entretanto, a Rússia diz estar aberta a conversar, mas suas atitudes não condizem com suas palavras. Moscou segue negando a diplomacia”, disse Kamala Harris, vice-presidente dos EUA.

“A Rússia invadir a Ucrânia seria um erro sério. A atitude teria custos políticos, econômicos e geoestratégicos. Não há justificativa para haver mais de 100 mil tropas russas na fronteira”, disse o líder do governo alemão, Olaf Scholz.

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