Sábado, 27 de Julho de 2024

Home em foco Valor do bitcoin cai ao nível mais baixo desde julho do ano passado com a piora dos mercados acionários

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O valor do bitcoin caiu para o nível mais baixo desde julho na última segunda-feira (9), acompanhando a queda de ativos de risco, como ações de empresas de tecnologia. A criptomoeda, que bateu em mínima de US$ 30 mil, acumula queda de 13% até agora em maio e perdeu mais da metade de seu valor desde que atingiu uma alta histórica de US$ 69 mil dólares em novembro do ano passado.

“Acho que tudo dentro da criptomoeda ainda é classificado como um ativo de risco e, semelhante ao que vimos com o Nasdaq, a maioria das criptomoedas está sendo atacada”, disse Matt Dibb, diretor de operações da plataforma de criptomoedas Stack Funds, à agência de notícias Reuters.

O índice Nasdaq caiu 1,5% na semana passada e perdeu 22% no acumulado do ano, prejudicado pela perspectiva de inflação persistente nos Estados Unidos, o que pressiona o Federal Reserve a aumentar juros de forma mais agressiva. O Nasdaq recuava 4% no fim do pregão em Wall Street.

Dibb disse que outros fatores para o declínio no fim de semana — o bitcoin fechou na última sexta (6) em torno de US$ 36 mil dólares — foram a baixa liquidez do mercado de criptomoedas e também temores de curta duração de que a stablecoin algorítmica chamada Terra USD (UST) poderia deixar de ser atrelada ao dólar.

A UST é observada de perto pela comunidade de moedas digitais, tanto por causa da nova maneira pela qual mantém sua indexação ao dólar 1 por 1, quanto porque seus criadores estabeleceram planos para montar uma reserva de 10 bilhões de dólares em bitcoins para apoiar a stablecoin, o que significa que a volatilidade na UST poderia potencialmente se espalhar para os mercados de bitcoin.

O ether, a segunda maior criptomoeda do mundo, caiu para US$ 2,3 mil dólares na segunda, o menor nível desde o final de fevereiro. No fim da tarde, a moeda digital mostrava baixa de 9,2% em 24 horas.

O que é bitcoin

O bitcoin é uma moeda virtual – a primeira criada no mundo – e pode ser usado para a compra de serviços, produtos e quaisquer outros itens em estabelecimentos que aceitem ser pagos com ele.

Uma das grandes diferenças é que o bitcoin não possui uma moeda ou cédula física. Ele é inteiramente digital, formada a partir de um código único. Por isso, entra na categoria de criptomoeda.

O bitcoin é a primeira moeda descentralizada do mundo. Isso significa que, além de não ser regulado por governos, bancos ou empresas, é possível comprar, enviar e receber bitcoins sem nenhum intermediário, como bancos ou emissores de cartão de crédito.

Além disso, é uma moeda limitada. Diferentemente do real, dólar e euro, moedas que podem ser emitidas conforme os países sentirem necessidade, o bitcoin e seu código foram criados de forma que somente 21 milhões de moedas possam ser emitidas – este é o limite. Até 2019, estima-se que 18 milhões de bitcoins já haviam sido emitidos.

é negociado na internet em uma rede própria, o blockchain: um banco de dados onde são registradas todas as transações bitcoin entre os participantes da rede.

Ainda, o bitcoin é descentralizado e aberto (embora as informações dos participantes sejam anônimas).

Cada transação de bitcoin é feita entre os membros, registrada através de um software e também por membros mineradores, que verificam cada transação.

Depois de validadas, as transações são acrescentadas a blocos de transação – daí o nome blockchain – a cada 10 minutos, quando são criados novos blocos. Por conta dessa validação, nunca foi possível, até hoje, fraudar bitcoin.

Os bitcoins de cada usuário são armazenados nas chamadas carteiras digitais, por onde é possível transferir e acessar as moedas. Elas são, basicamente, programas e softwares instalados em computadores e celulares.

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