Quinta-feira, 28 de Março de 2024

Home Flávio Pereira Vazamento de nova delação de Marcos Valério reforça pedido da CPI do Narcotráfico

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O vazamento de nova delação do operador do esquema mensalão, Marcos Valério, à Polícia Federal, dá maior força ao movimento para instalar na Câmara dos Deputados a CPI do Narcotráfico, destinada a investigar as relações intimas do PT com o PCC e com o narcotráfico. Há um silêncio constrangedor de diversos setores normalmente rigorosos quando se trata de escândalos envolvendo políticos de direita. Na nova delação vazada, Marcos Valério revelou que administrava caixa clandestino no valor de R$ 100 milhões de reais do Partido dos Trabalhadores. Também foi pedido para que fosse entregue 6 milhões de reais ao empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André, que chantageava o ex-presidente Lula. Em maio deste ano, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, deferiu a progressão do regime semiaberto para o aberto a Marcos Valério, condenado no Mensalão a 37 anos, cinco meses e seis dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.

Sartori aumenta o tom e cobra candidatura própria do MDB

O ex-governador José Ivo Sartori, normalmente discreto nas suas declarações, veio a público ontem com veemência defender a manutenção da candidatura própria do MDB ao governo do Estado. A declaração de Sartori se dá no momento em que o ex-governador Eduardo Leite aumenta a pressão sobre o MDB gaúcho, para que seja acatada a decisão do diretório nacional de abrir mão da candidatura ao governo. Leite oferece a vaga de vice para o MDB. Além de Sartori, Pedro Simon e Cezar Schirmer já reforçam o discurso pela candidatura própria. Porém, o diálogo do ex-governador Eduardo Leite com integrantes da executiva e com deputados individualmente poderá abrir caminho para que a aliança seja aceita e o MDB aceite o espaço de vice.

Independentes, mas com cargos no governo

Um fato que legitima a pressão do ex-governador Eduardo Leite em manter a aliança com o MDB é o fato dos emedebistas ainda não terem deixado o governo. Tanto o MDB como o PP, embora defendam candidaturas próprias, não entregaram os cargos que ocupam no governo do Estado, que é do PSDB.

A polarização entre Eduardo Leite e Onyx Lorenzoni, apontada pela pesquisa

Esta será uma semana de muitas pesquisas. Embora se prestem a mero indicativo, as pesquisas pré-eleitorais são uma ferramenta empregada pelos partidos para corrigir e definir rumos. No caso do Rio Grande do Sul, a pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Paraná, trouxe uma polarização entre os pré-candidatos Eduardo Leite (PSDB) com 29,5% e Onyx Lorenzoni (PL) com 22,1%. No grupo da esquerda, Beto Albuquerque (PSB) mantém-se na melhor posição, com 7,6% e Edegar Pretto (PT) com 5,3%.

Ana Aélia e Hamilton Mourão em empate técnico

A única vaga ao Senado tem uma disputa forte no Rio Grande do Sul. A ex-senadora Ana Amélia, agora no PSD, lidera a disputa ao Senado, segundo o mesmo Instituto Paraná. Ana Amélia estaria em empate técnico com o vice-presidente Hamilton Mourão, pré-candidato do Republicanos, com 23,4%. Lasier Martins (Podemos), estaria atrás de Miguel Rossetto (PT) com 10,6%. Um nome que deverá surgir na próxima lista, será o advogado Antonio Carlos Cortes, pelo PDT. Ontem, o partido sinalizou que deverá apresentá-lo como pré-candidato ao Senado.

Beto ainda acredita em unidade da esquerda

Beto Albuquerque, o pré-candidato do PSB ao governo gaúcho conversou com o colunista e garantiu que ainda não desistiu de dialogar com o PT em busca da unidade no Rio Grande do Sul. Esta unidade também depende da direção nacional do PSB, para não prejudicar o alinhamento que o partido deseja realizar nesta eleição, explicou.

Edson Domingues recorda os 10 anos dos 18 do Forte

O advogado Edison Domingues de Santa Maria, de 85 anos, um dos decanos da advocacia gaúcha, traz à coluna, a lembrança de um marco político em 5 de julho de 1922, episódio que ficou conhecido como “Os 18 do Forte”. O nome da revolta “Revolta dos 18 do Forte de Copacabana” está associado ao número de pessoas envolvidas no confronto, as quais resistiram até o fim, a saber: 17 militares e 1 civil. O movimento político-militar, considerado a primeira revolta do movimento tenentista. Liderada pelo tenente-coronel Euclides Hermes da Fonseca, filho do Marechal Hermes da Fonseca, os quais reivindicavam o fim da República Velha. Com a eclosão da revolta havia 301 combatentes, e após serem atingidos, Euclides Hermes permitiu que os militares deixassem o Forte. Sobraram 29 revoltosos dentro do Forte de Copacabana, e com a prisão de Euclides Hermes, que saiu para negociar com seus opositores, restaram 28. Por fim, os únicos sobreviventes, dentre os revoltosos, foram os militares Antônio de Siqueira Campos (1898-1930) e Eduardo Gomes (1896-1891), os quais ficaram bastante feridos.

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