Domingo, 28 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 13 de abril de 2022
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira (13) a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Em fevereiro de 2022, o volume de vendas do comércio varejista gaúcho cresceu 1,1%, na série com ajuste sazonal, após variar 0,1% em janeiro.
A média móvel trimestral variou 0,1% no trimestre encerrado em fevereiro, depois de recuo (-0,7%) no trimestre até janeiro. Na série sem ajuste, o comércio varejista cresceu 8,6% frente a fevereiro de 2021, depois de avanço de 5,2% em janeiro no indicador interanual. No acumulado no ano, o varejo teve variação de 6,8%. Já o acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 4,0% até janeiro para 5,6% em fevereiro, mostra aumento na intensidade de crescimento do setor.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas avançou 2,4% em relação a janeiro (-1,2%). Com isso, a média móvel do trimestre encerrado em fevereiro avançou 0,6%, quando comparada à média móvel no trimestre fechado em janeiro (-0,8%).
Seis das oito atividades do varejo tiveram alta frente a fevereiro de 2021
Em relação a fevereiro de 2021, o comércio varejista cresceu 8,6% no Estado, atingindo seis das oito atividades pesquisadas: Livros, jornais, revistas e papelaria (84,0%), Tecidos, vestuário e calçados (20,6%), Combustíveis e lubrificantes (13,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,9%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,0%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (8,0%).
Tiveram queda na comparação com o mesmo mês do ano anterior os setores de Móveis e eletrodomésticos (-6,7%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-20,9%).
Considerando o comércio varejista ampliado, Material de construção recuou 10,2% em relação a fevereiro de 2021, enquanto Veículos, motos, partes e peças registrou queda de 9,1%.
As vendas de livros, jornais, revistas e papelaria apresentaram aumento de 84,0% frente a fevereiro de 2021, décimo resultado positivo nos últimos 11 meses. Em relação ao acumulado no ano, ao passar de 17,8% até janeiro para 54,6% até fevereiro, a atividade mostra o maior incremento da série histórica nessa comparação.
No caso do acumulado de 12 meses, o indicador foi de 24,8%, primeiro mês a registrar valor positivo após 96 meses de acúmulos no campo negativo (o último mês que havia sido positivo foi janeiro de 2014, com 0,1%).
A atividade de tecidos, vestuário e calçados cresceu 20,6% frente a fevereiro de 2021, após queda (-7,2%) em janeiro. Nos primeiros dois meses do ano, o setor acumula 5,7% de crescimento, voltando ao campo positivo após recuo de 7,2% em janeiro. No indicador de 12 meses, a atividade passa de 23,2% até janeiro de 2022 para 27,1% até fevereiro, indicando aumento no ritmo de vendas.
O setor de combustíveis e lubrificantes teve alta de 13,4% nas vendas frente a fevereiro de 2021, resultado que representa o décimo segundo mês seguido de crescimento. No ano, o setor acumula 8,9% e nos últimos 12 meses o resultado é de 8,4%.
As vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico, segmento que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., cresceram 10,9%, marcando o décimo primeiro mês no campo positivo. Com isso, o primeiro bimestre de 2022 fechou em alta de 9,9%, mais intensa que a de janeiro (9,0%). Nos últimos 12 meses, o indicador passa de 32,3% até janeiro para 34,5% até fevereiro de 2022.
Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve avanço de 9,0% nas vendas frente a fevereiro de 2021, terceiro mês consecutivo de crescimento após 11 meses registrando valores negativos no indicador interanual. A atividade teve a maior contribuição no indicador geral de fevereiro, somando 4,3 pontos percentuais (p.p.) do total de 8,6% do comércio varejista gaúcho.
Vale ressaltar que os indicadores de volume de vendas têm sido impactados pela inflação dos alimentos, o que se evidencia na comparação com os indicadores de receita, que registraram, na comparação fevereiro de 2022 contra fevereiro de 2021, um crescimento de 16,5%. No bimestre, o setor acumula 6,8% de variação, enquanto nos últimos 12 meses, o acúmulo ainda é negativo (-3,8%), embora acima do resultado de janeiro (-5,2%).
O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou aumento de 8,0% nas vendas frente a fevereiro de 2021, contra 17,3% em janeiro de 2022 (frente a janeiro de 2021). Nos dois primeiros meses do ano, o setor acumula 12,8%, abaixo do resultado de janeiro (17,3%), demonstrando redução de ritmo. Nos últimos 12 meses, o setor passa do acumulado de 16,8% até janeiro para 16,1% até fevereiro.
A atividade de móveis e eletrodomésticos teve queda de 6,7% nas vendas frente a fevereiro de 2021, sétimo mês consecutivo a registrar números negativos (julho foi o último mês com valor positivo: 7,3%). O resultado interanual posiciona a atividade como a de maior contribuição, no campo negativo, ao indicador do comércio varejista,
somando -0,7 p.p. do total de 8,6%. No ano, o setor acumula -3,4% e nos últimos 12 meses, -4,2%.
Já a revenda de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou queda de 20,9% nas vendas frente a fevereiro de 2021, terceiro mês consecutivo de resultados negativos no indicador interanual (o mês de novembro de 2021, último a apresentar alta, registrou 3,7%). No primeiro bimestre de 2022, o setor acumula -25,7% em relação ao mesmo período de 2021 e, nos últimos 12 meses, o valor foi de -15,6% até fevereiro, demonstrando diminuição no ritmo de queda frente ao resultado de janeiro (-17,0%).
No comércio varejista ampliado, as empresas que comercializam material de construção tiveram queda de 10,2% nas vendas frente a fevereiro de 2021, sétimo mês consecutivo de resultados negativos. No ano, o setor acumula -11,4%, enquanto nos últimos 12 meses o resultado até fevereiro foi de 1,5%.
Já as vendas de veículos e motos, partes e peças recuaram 9,1% frente a fevereiro de 2021, mostrando diminuição do ritmo de queda na comparação com o indicador interanual de janeiro (-15,1%). O primeiro bimestre de 2022 apresentou queda de 12,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o indicador de 12 meses
fechou fevereiro com 9,5%, acima do registrado até janeiro (9,1%).
Brasil
Em fevereiro, as vendas no varejo cresceram 1,1%, segunda alta consecutiva no País. Com isso, o setor está 1,2% acima do patamar pré-pandemia, e 4,9% abaixo do pico da série (outubro de 2020). No ano, o varejo acumula variação de -0,1%. Já nos últimos 12 meses, cresceu 1,7%.
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas com 20 ou mais pessoas ocupadas e cuja atividade principal é o comércio varejista.
Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado para o Brasil e unidades da federação. A técnica de coleta é o questionário eletrônico autopreenchido (CASI) e a entrevista pessoal com questionário em papel (PAPI).
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