Segunda-feira, 09 de Setembro de 2024

Home Brasil Viagens aéreas precisam ficar mais baratas no Brasil

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Embora reconheça o progresso da aviação brasileira nos últimos dez anos, o vice-presidente regional da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, na sigla em inglês) para Américas, Peter Cerdá, afirma que as viagens aéreas ainda precisam se tornar mais acessíveis no País – o que, em sua visão, envolve principalmente a redução dos custos de combustível.

Segundo o dirigente, o brasileiro viaja pouco de avião, especialmente no mercado doméstico, onde as dimensões são continentais.

“As concessões de aeroportos no Brasil estão indo para o lugar certo, trazendo boa qualidade de serviço, mas a média de viagens aéreas ainda é baixa. Temos de tornar as viagens mais acessíveis, os impostos sobre combustível ainda são altos”, disse o dirigente em entrevista, durante a assembleia e conferência anual do Conselho Internacional de Aeroportos América Latina e Caribe (Acilac, na sigla em inglês), promovido em Buenos Aires, na Argentina.

Segundo Cerdá, a Iata vem trabalhando com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e representantes do Congresso para o estabelecimento de políticas regulatórias que ajudem a “aviação a crescer”. Ele disse que, no Brasil, a média de viagens por habitante/ano é de 0,42. “É preciso ter mais oportunidades de conectividade.”

Perspectivas

O executivo disse que a eleição de governos na América Latina com campanhas políticas baseadas em “reformas sociais” pode trazer como uma das consequências o aumento de impostos.

“Temos visto na região a eleição de governos mais de centro-esquerda, menos voltados para uma economia de mercado. Queremos ter certeza de que esses governos entendem o valor da aviação e do transporte aéreo para a retomada econômica, impor novas taxas seria contraditório a esse objetivo”, disse Cerdá.

Congonhas

Após o incidente com o jato executivo que fechou a pista do Aeroporto de Congonhas (SP) no último domingo (9), a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) reforçou sua posição pela restrição de aeronaves de baixa performance na pista principal do terminal. Em nota, a associação afirmou que a restrição de aeronaves de pequeno porte na pista principal, principalmente em horários de pico, é uma “preocupação antiga” da entidade.

A posição foi manifestada à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) no fim de setembro. De acordo com a associação, no último dia 29 foi enviado um ofício à estatal – que administra Congonhas –, em que a Abear recomendava a adoção “definitiva” da limitação dos aviões de pequeno porte na pista principal.

Na visão da entidade, a medida é necessária tendo em vista que os impactos causados por incidentes afetam “milhares de passageiros em todo o Brasil”. A Abear estima prejuízos financeiros que “ultrapassam milhões de reais”.

Para o contexto atual, após o incidente, além do pedido por uma atualização definitiva nas regras, a entidade quer uma priorização imediata da pista principal para agilizar a recomposição da malha nacional. “E atender os milhares de passageiros que precisam ser transportados ainda hoje e nos próximos dias.”

Na visão do presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, para as empresas de aviação executiva operarem na pista principal de Congonhas, elas deveriam ser submetidas às mesmas regras da aviação comercial. As companhias aéreas são obrigadas a terem equipamentos para, por exemplo, retirar aviões da pista em casos semelhantes ao que ocorreu no fim de semana.

“A régua para qualquer um operar em Congonhas tem de ser tão alta quanto a nossa. É um aeroporto de altíssima demanda, fundamental para a malha aérea nacional. Ontem, um acidente com um avião que transportava pouquíssimas pessoas afetou mais de 30 mil passageiros. Olha o prejuízo que isso gera: precisa dar hotel e alimentação a esses passageiros”, diz.

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