Segunda-feira, 15 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 30 de julho de 2025
Não dá mais pra fingir que não vê. Essa semana, uma cena revoltante circulou nas redes sociais: em Natal (RN), uma mulher foi espancada com 60 socos pelo próprio companheiro. Uma violência absurda, covarde, que não pode ser tratada como “briga de casal”. Isso é crime! E, pior, é só mais um entre tantos casos que acontecem todos os dias no Brasil.
A cada 24 horas, quatro mulheres são assassinadas no nosso país. Só no Rio Grande do Sul, já tivemos 36 feminicídios no primeiro semestre deste ano. E isso é só a ponta do iceberg. Muitas vezes, a violência fica escondida dentro de casa, entre a vítima e o agressor, abafada pelo medo, pela vergonha ou pela dependência.
Precisamos falar a verdade: nenhuma mulher deve ser agredida, silenciada ou culpabilizada.
A violência – seja física, psicológica, moral ou sexual – destrói vidas, corrói famílias e enfraquece a sociedade inteira. Não podemos mais tratar isso como algo privado. É um problema social grave, e tem que ser enfrentado com coragem, com políticas públicas e com leis mais severas ao agressor, que funcionem de verdade. No meu mandato, tenho me dedicado a criar alternativas reais pra mudar essa situação.
Entre os projetos que mais me orgulho, estão:
– Projeto de Lei do “Programa Volta Por Cima”, que oferece acolhimento psicológico, capacitação profissional e apoio para inserir mulheres vítimas de violência no mercado de trabalho;
– Projeto de Lei “Programa Maria Confeiteira e Artesã”, que ensina na prática confeitaria e artesanato, pra garantir uma fonte de renda própria e abrir caminhos para o empreendedorismo feminino;
– Projeto de Lei “Auxílio Mãe Solo” , que prevê um auxílio temporário de R$ 600, além de creche em tempo integral e atendimento prioritário na saúde pública.
Tenho certeza de que a autonomia financeira é o caminho mais direto pra salvar vidas. Quando a mulher depende do agressor pra viver, ela vira refém da violência. Mas quando conquista sua própria renda, volta a ter dignidade, liberdade e segurança.
Também defendo a criação de um fundo estadual permanente de apoio à mulher em situação de risco, porque proteger quem sofre violência precisa ser prioridade todos os dias, não só quando o caso viraliza.
A luta é por respeito, por justiça, e principalmente por vida. E enquanto eu estiver na Assembleia Legislativa, essa luta será minha também. Chega de silêncio. Chega de omissão. Pela vida das mulheres, o combate à violência tem que ser firme e constante.
(Kaká D’Ávila é deputado estadual pelo PSDB)