Terça-feira, 13 de Maio de 2025

Home Você viu? Você atende, a ligação cai: saiba o que está por trás dos robôs programados para telefonar

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Quem nunca recebeu uma ligação indesejada? Seja uma oferta de telemarketing, um falso aviso de prêmio ou, pior ainda, uma tentativa de golpe, essas chamadas têm se tornado cada vez mais comuns no Brasil. Estima-se que, mensalmente, cerca de 20 bilhões de ligações sejam realizadas no país, das quais metade é feita por robôs.

As chamadas automáticas, conhecidas como “robocalls”, são disparadas por sistemas computadorizados com o objetivo de alcançar o maior número possível de pessoas em pouco tempo. Elas duram, em média, apenas seis segundos – tempo suficiente para identificar se a linha está ativa. Para os consumidores, o resultado é frustrante: muitas vezes, ao atender, a ligação simplesmente cai.

“Eu não sei qual é a finalidade disso”, diz um morador, expressando o incômodo comum entre os brasileiros. A queda da chamada, no entanto, faz parte de uma técnica conhecida como “prova de vida”.

“Se a ligação é atendida, isso indica que o dono da linha está vivo e ativo”, explica Cristiana Camarate, superintendente de Relações com Consumidores da Anatel. A informação permite que empresas filtrem números válidos e direcionem suas estratégias de marketing a usuários ativos.

A prática é amplamente adotada por centrais de telemarketing para reduzir o tempo perdido com chamadas sem retorno. Somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o país registrou aproximadamente 24 bilhões de “robocalls”, um aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2024.

Diante do crescimento desse fenômeno, a Anatel afirma estar intensificando as ações de combate às ligações abusivas. Desde 2022, a agência já bloqueou a circulação de 222 bilhões de chamadas nas redes de telecomunicações. Uma das medidas mais recentes é o sistema “Origem Verificada”, que permitirá ao consumidor visualizar a identidade da empresa antes de atender a ligação.

A expectativa é que a nova tecnologia ofereça mais segurança e controle aos usuários, que poderão distinguir chamadas legítimas de contatos indesejados.

Enquanto a solução definitiva não chega, a orientação para quem ainda sofre com essas ligações é clara: bloquear números desconhecidos e evitar qualquer tipo de interação. Ainda assim, a persistência das “robocalls” alimenta a frustração de milhões de brasileiros que seguem à espera de um pouco mais de tranquilidade.

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