Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Home Economia Volkswagen vai reduzir os turnos da fábrica em São Bernardo do Campo, em novembro, por falta de peças

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Cerca de 1,5 mil funcionários da Volkswagen poderão ter seus contratos suspensos temporariamente a partir de novembro na fábrica de Anchieta, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. O “lay-off”, isto é, o afastamento dos trabalhadores para evitar demissões, seria necessário em razão da falta de peças para a montagem dos automóveis, que tem reduzido o ritmo de produção da unidade.

A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Em vídeo, José Robeiro Nogueira da Silva, coordenador geral da representação da categoria na Volks, afirma que esses funcionários se juntarão a outros 450 que já estão afastados.

“Mais uma vez vamos enfrentar um momento muito delicado por falta de componentes eletrônicos no setor automotivo. A fábrica já anunciou que a partir de novembro vai atuar em apenas um único turno. Vamos acompanhar passo a passo esse futuro que ainda é incerto”, diz o sindicalista no vídeo enviado aos trabalhadores.

Ainda de acordo com a entidade, os trabalhadores já foram informados sobre a suspensão e a empresa garantiu a manutenção de benefícios e uma complementação financeira, além do bolsa-estudo.

A Volks emprega cerca de 8,5 mil trabalhadores ao todo em São Bernardo do Campo. Pela legislação, o “lay-off” pode ser concedido por um período de dois a cinco meses. Procurada, a montadora informou que não confirma a informação neste momento.

A medida tem sido adotada por outras montadoras com fábricas no Brasil. No fim de setembro, a Renault aprovou um lay-off para 300 funcionários, em decorrência de impactos provocados pela Covid-19 na fabricação de componentes elétricos e a falta de sinalização de melhora no cenário internacional.

O sindicato que representa os trabalhadores da Fiat, em Betim, em Minas Gerais, também havia anunciado naquele mês a aprovação pela categoria da adoção do programa de suspensão temporário do contrato de trabalho, que poderia atingir até 6,5 mil funcionários. Na ocasião, a Stellantis, dona da Fiat, informou que o programa foi necessário em razão da “escassez global de insumos”, principalmente dos componentes eletrônicos.

Novas vagas

Ao mesmo tempo em que algumas montadoras reduzem o ritmo de produção, as japonesas Toyota e Nissan anunciaram novos turnos de trabalho e abertura de vagas.

A Toyota vai operar em três turnos a partir do próximo mês na fábrica de Sorocaba (SP) e já iniciou a contratação de 850 trabalhadores. A Nissan vai contratar 578 funcionários para operar em dois turnos a partir de fevereiro.

Mesmo com a melhora em algumas fabricantes, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reviu para baixo, pela segunda vez em três meses, as projeções para a produção deste ano, que deverá variar entre 2,13 milhões e 2,22 milhões de unidades.

Os números representam aumento de 6% a 10% na comparação com o ano anterior, que teve um dos piores resultados para o setor em razão da pandemia. No início do ano, a previsão da entidade era de crescimento na casa do 20%.

 

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