Quarta-feira, 19 de Março de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 28 de janeiro de 2022
Conforme ocorreu o acirramento da crise sanitária, a maioria das empresas mandou os funcionários trabalhar de casa. Quase oito milhões de pessoas trocaram o ambiente de trabalho convencional pelo home office, como aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Algumas empresas encontraram dificuldades em fazer a transição em tão pouco tempo. Uma área que pode ser usada como exemplo é o atendimento ao cliente (SAC), especialmente em relação aos canais de voz, onde era necessário fazer uma certa adaptação acústica na casa dos colaboradores, ou em alguns casos, migrar todo o atendimento para canais online como e-mail, chat ou WhatsApp, outro canal de comunicação que se tornou bastante popular neste período de crise, já que diversos negócios passaram a atender pelo aplicativo de mensagens de texto e voz.
Muitas empresas, inclusive, sinalizaram aos consumidores essa migração do atendimento, alertando especialmente sobre a diminuição nas centrais de relacionamento. Entre as companhias aéreas e fornecedores que operam na área de turismo, por exemplo, um dos setores que mais sofreram com a pandemia, a dificuldade em seguir atendendo foi grande. O Abri.com.br, plataforma que concentra e também monitora informações sobre SACs das empresas no Brasil, informa que as menções sobre piora no atendimento neste setor e em outros foi grande até que houvesse uma melhor adaptação das equipes no novo formato proposto.
A plataforma diz ainda que, conforme os meses passavam, algumas empresas foram aprimorando seus atendimentos até mesmo a níveis melhores dos que já haviam apresentado anteriormente, é o caso de companhias como Mercado Livre, Mercado Pago, Netshoes, entre outras.
Porém, mesmo com essa melhor adaptação ao trabalho remoto, a volta ao trabalho presencial vem se intensificando cada vez mais no Brasil, seja no formato tradicional, seja no formato híbrido. Ainda com as preocupações recorrentes acerca da pandemia e enfrentando certa resistência daqueles que se adaptaram bem ao home office.
Por parte das empresas, muitas ainda acreditam em fatores que favorecem o trabalho presencial, como maior controle da cultura organizacional, mais segurança de informação e mais integração da equipe e nos processos de comunicação.
A maioria pretende implantar um formato híbrido, com trabalho em casa alguns dias por semana. Todas têm em comum a manutenção de regras de combate à contaminação pela Covid-19, com orientações sobre uso de máscaras e álcool gel, distanciamento em ambientes internos e consequente redução de pessoal.
Um dos grandes desafios está justamente em preservar esta cultura empresarial e conciliar as agendas e desejos individuais dos colaboradores. Além, é claro, de reajustar o formato de trabalho que foi mudando ao longo do período em que os funcionários fizeram de suas casas seus escritórios particulares.
No Ar: Pampa Na Madrugada