Sexta-feira, 19 de Setembro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 19 de setembro de 2025
Após seu não-depoimento, o advogado milionário Nelson Willians, aos olhos da CPMI, passou a figurar com Antônio Antunes, o “Careca do INSS”, entre os principais suspeitos no roubo bilionário aos aposentados. Ele perdeu o rumo quando o relator, Alfredo Gaspar (União-AL), indagou sobre suas relações com José Dirceu, homem de negócios do PT, que atua à sombra do poder petista, a quem é atribuída sua contratação pelo Banco do Brasil, que o tornou rico, e o seu escritório no maior do País.
Conta outra
Nelson Willians passou a ignorar perguntas, repetindo que nada teve com o roubo aos aposentados. A CPMI parecia não acreditar.
Acusação frontal
“O sr. mente”, acusou frontalmente Marcel van Hattem (Novo-RS), “tem a ver com tudo que é investigado”, citando que a PF o considera suspeito.
Negando o óbvio
Negou-se a confirmar até que é investigado e que sua prisão preventiva foi solicitada pela Polícia Federal ao ministro do STF André Mendonça.
Sócio suspeito
Tampouco explicou ligação a Fernando Cavalcante, outro suspeito no roubo, dono de dezenas de carrões de luxo e de 20% do seu NW Group.
INSS: servidor investigado atuou em campanha
Afastado cautelarmente das operações como técnico do seguro social, o servidor do INSS Henrique Veigas está na mira da CPMI que apura a roubalheira no instituto. Veigas teria desbloqueado cerca de 70 mil empréstimos consignados, algo estimado em R$945 milhões. Ele prestou serviços advocatícios para Zé da Luz (Solidariedade), ex-prefeito de Caetés (PE) que tentou ser deputado federal por Pernambuco. Como o candidato estava inelegível, acabou com a candidatura impugnada.
Uma mão
Mesmo trabalhando no INSS ao menos desde maio de 2012, o servidor foi remunerado para trabalhar na campanha do candidato.
Giro no interior
Entre 2017 e 2020, Veigas fez 16 viagens “a serviço” ao interior do Nordeste, reduto da fraude: 15 em Pernambuco e uma na Paraíba.
Vem explicar
Henrique Veigas virou prioridade: sua convocação foi solicitada pela deputada Coronel Fernanda (PL-RO), que articulou a criação da CPMI.
Embromador
O repórter da BBC insistiu por sete vezes por que Lula (PT) não procurou Trump para negociar o tarifaço. O petista enrolou, sem explicar por que preferiu subir no palanque em vez de defender os interesses do País.
Li o seu livro
Rodolfo Rodrigues (PE) mandou bem na CPMI do INSS. Ele leu o livro de Nelson Willians e quis saber se ele seguia o que ali preconiza. O advogado milionário hesitou e o deputado contou o trecho em que ele afirma que o sucesso na profissão passa por “sacrificar princípios”.
São uns artistas
Foi hilário observar velhos conhecidos do noticiário policial na era petista, inclusive senador que acumulou 17 processos de corrupção, afirmando que a “PEC da Blindagem” favoreceria a impunidade de criminosos.
Blindagem no STF
Ações da Associação de Magistrados do Brasil e do partido Solidariedade (dele mesmo, Paulinho da Força) no STF, alegam que ministros do STF não são “contemplados” pela Lei do Impeachment.
Recuperou o que mesmo?
Contra a Câmara voltar a aprovar investigação de parlamentares, Aécio Neves (PSDB-MG) disse que foi obra sua derrubar a regra constitucional que a PEC restabelece: “O parlamento recuperou credibilidade”.
Subserviência
Tem tudo para dar em nada o projeto da anistia da Câmara. Além da escolha de Paulinho da Força (SD-SP) ser o relator, o deputado diz que vai conversar com Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes antes.
Lula 3%
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) mostrou números que explicam o desespero do governo Lula com a CPMI da gatunagem no INSS. Dos 340 requerimentos aprovados semana passada, 97% foram da oposição.
24 horas
Presidente do União Brasil, Antonio Rueda tem certeza de que tem armação contra ele no governo Lula. No radar da Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Federal, apressou o divórcio com Lula.
Pensando bem…
…aposentados é que não têm nada a ver com o roubo.
PODER SEM PUDOR
Babá rock and roll
Já na primeira sessão conjunta do Congresso, naquele ano, o deputado novato e cabeludo Babá (Psol-PA) foi à mesa pedir para falar. Esbarrou em ACM presidindo a sessão: “Qual é o seu nome?” O deputado se apresentou: “Babá.” Desconfiado, o babalaô confirmou o nome com o secretário da mesa. Depois se voltou ao parlamentar do Pará, a quem olhou de cima para baixo, e aquiesceu com ironia: “Está certo, seu Babá…”
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)
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