Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024

Home Saúde A cada 10 centímetros a mais de gordura abdominal, risco de desenvolver câncer de próstata se eleva em 7%

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Apresentado no Congresso Europeu de Obesidade e publicado no periódico científico BMC Medicine, um novo estudo demonstrou uma ligação entre o aumento da gordura abdominal e maiores riscos de desenvolver câncer de próstata: cada 10% a mais na circunferência, segundo os cientistas, acresce 7% nas chances da doença se manifestar.

Pesquisa em grande escala

Os dados utilizados na pesquisa vieram de 20 estudos com participação de 2,5 milhões de homens, cujos indicadores de saúde foram acompanhados por 11 anos, incluindo diagnósticos e mortes por decorrência do câncer de próstata. Os indivíduos que apresentaram obesidade, em particular, tiveram maior gravidade na doença, com a circunferência abdominal sendo um referencial da letalidade da doença, além de indicar o risco de desenvolvê-la.

A cada cinco pontos acrescidos no cálculo do IMC (índice de massa corporal), calcula-se que o risco de morte por câncer de próstata aumenta em cerca de 10%. No Reino Unido, onde o estudo foi feito, estima-se que até 1.300 mortes pela doença poderiam ser evitadas todos os anos: no recorte acompanhado nos estudos, 661 homens faleceram em decorrência da condição, segundo o UK Biobank.

As medidas de avaliação acerca de sobrepeso e adiposidade e o entendimento sobre o que os configura vêm mudando ao longo dos anos, admitem os pesquisadores, mas, ao menos no caso específico do câncer de próstata, a tendência do aumento da gordura corporal associada à condição patológica ainda se manteve. Análise do mesmo estudo ainda concluiu que pessoas mais altas também têm risco aumentado de desenvolver câncer de próstata.

Embora a associação tenha sido descoberta, o motivo do aumento da severidade do câncer em relação à obesidade ainda não é claro. Enquanto estudam as possibilidades, os pesquisadores teorizam que possa ser algum mecanismo do corpo ou, ainda, um fator ligado à demora do diagnóstico de homens com obesidade, o que acabaria inflando os números dos casos mais letais nesse recorte populacional, e, portanto, algo não necessariamente ligado ao seu peso.

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