Quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Home Brasil A duas semanas do Enem, número de servidores do Inep que pediram demissão coletiva chega a 33.

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Trinta e três servidores do órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pediram nesta segunda-feira (8), exoneração e dispensa coletiva. Faltam 13 dias para a prova, marcada para os dias 21 e 28, com 3 milhões de estudantes. Os servidores desempenham funções cruciais para a realização do exame.

O ato é um agravamento da crise que se instaurou no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) desde o início do governo de Jair Bolsonaro. O atual presidente Danilo Dupas – o quarto em três anos – é acusado pelos funcionários de desmonte do órgão mais importante do MEC, assédio e desconsideração de aspectos técnicos na tomada de decisões.

A carta de demissão diz que eles entregaram os cargos por causa da “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep”. Afirmam, no entanto, que pretendem continuar a disposição do Inep pelo “compromisso com a sociedade e o empenho com as atividades relacionadas às metas de 2021”.

Todos são servidores antigos e experientes, que já passaram por várias provas do Enem. Por volta do meio-dia desta segunda, eram inicialmente 13 nomes, mas mais funcionários decidiram a assinar a carta ao longo do dia.

O número atual de pedidos de demissão representa 58% dos coordenadores do Inep, que são cargos de liderança. Muitos substitutos dos coordenadores estão saindo. O Inep tem atualmente 164 servidores ocupantes de cargos. Até agora, quase 20% deles deixaram seus cargos entre sexta-feira (5) e esta segunda.

A debandada no Inep afeta, principalmente, a Diretoria de Planejamento de Gestão, que abrange duas áreas ligadas diretamente à aplicação da prova e à logística. Na sexta-feira, dois coordenadores pediram para deixar áreas cruciais do Enem.

Segundo o Estadão, integrantes da Cesgranrio, consórcio contratado para aplicar o Enem, temem o que possa acontecer com a prova sem a interlocução e a experiência dos técnicos que têm deixado seus cargos. A Cesgranrio informou que não pode fazer nenhum comentário “por força contratual”.

Entre os designados para acompanhar e fiscalizar o cumprimento do contrato com a Fundação Cesgranrio, empresa responsável para aplicação da prova, mais da metade pediu exoneração. A servidora Danusa Fernandes Rufino Gomes, ligada à Coordenação Geral de Licitações e Contratos, por exemplo, era a gestora do contrato, conforme aponta uma portaria publicada em setembro pelo Inep.

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