Sexta-feira, 17 de Maio de 2024

Home Colunistas A evolução na gestão das empresas familiares

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Você sabia que 90% das empresas no Brasil são empresas familiares? Isso mesmo! E segundo o IBGE elas representam mais da metade do PIB e empregam 75% da mão de obra nacional.

Entre os principais pontos que ajudaram as empresas familiares a superarem dos desafios da pandemia estão a marca forte, rapidez para tomar decisões e atendimento personalizado. É isso que mostra a Pesquisa Retratos de Família – Um Panorama das Práticas de Governança Corporativa e Perspectivas das Empresas Familiares Brasileiras.

A recente pesquisa conduzida pela KPMG no Brasil, mostra que as empresas familiares brasileiras continuam de forma acelerada a desenvolver suas estruturas e práticas de governança corporativa e estão cada vez mais abertas à ideia de buscar executivos do mercado para garantir a qualidade da gestão, dentro do processo de profissionalização.

As reflexões, fruto das mudanças de cenário nos últimos dois anos, fizeram que essas empresas ampliassem seus percentuais de investimentos em tecnologia e no desenvolvimento de novos produtos e serviços a serem ofertados, para assim fazerem frente aos desafios do isolamento social.

A pesquisa aponta que 6 de cada 10 empresas familiares tem planos de expandir os negócios para além de suas localidades, nos próximos três anos e 7 em cada 10 estão otimistas em relação ao futuro de suas firmas.

Um ponto de mudança importante no comportamento da gestão familiar é que uma boa parte dos entrevistados já admitem a possibilidade de transferirem a administração do negócio para profissionais do mercado e não para membros da família. Ainda citam que o termo “familiar” não deve ser confundido com “pouco profissional”.

A principal forma de captação de recursos continua sendo empréstimos e financiamentos bancários (54%), seguida dos investimentos dos proprietários (36%).

Mesmo que a instituição de um conselho de administração não seja obrigatória nas empresas familiares de capital fechado, muitas companhias familiares já disseram possuir o conselho de administração em suas respectivas organizações, compostos por membros independentes e consultorias externas, para orientação geral dos negócios e do plano estratégico da empresa.

O conhecimento do negócio é o fator mais importante para formar um sucessor na visão da maioria dos respondentes. Mais da metade dos participantes não acredita que suas empresas passarão por mudanças significativas de gestão nos próximos três anos, enquanto 24% acreditam que haverá a transferência da gestão da empresa para a geração seguinte da família. Para um quinto dos entrevistados, a nomeação de um profissional externo será a melhor escolha para o futuro.

Mais do que nunca, as empresas familiares estão antenadas nos motivos que contribuirão com sua permanência no mercado, como o investimento em tecnologia e transformação do modelo de negócios, a expansão e conquista de novos mercados, a atenção cada vez maior às suas práticas de governança corporativa e à crescente qualificação das lideranças, independentemente de optarem por preparar as novas gerações ou por buscarem, no mercado, executivos que tenham o perfil almejado.

É claro que esses fatores requerem boa capacidade de investimento e essas empresas também estão cientes da necessidade de captar recursos. Para isso, contar com fontes de recursos próprios, de terceiros, ou mesmo abrir o capital, são opções que estão na mesa.

É fato que a paixão que move as empresas familiares, sua cultura e valores fortes, geram a capacidade de driblar as crises, de evoluir conceitos e de estar perto do cliente. Essa enorme força garante diferenciais para permanecerem firmes e prósperas, com inovação e desenvolvimento.

(Foto: Divulgação)

Jonas Matos – Divisão Jovem da FEDERASUL
– Empresário contábil e assessor de empresas familiares há 23 anos.
– CEO Grupo Mega – Contabilidade, Gestão e Infra de TI
– Instagram: @jonaslmatos
– LinkedIn @jonasmega

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