Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 26 de abril de 2022
A Tesla, fabricante de carros elétricos de Elon Musk, perdeu US$ 126 bilhões (R$ 629 bilhões) em valor de mercado nesta terça, segundo a consultoria especializada Economatica. A queda aconteceu um dia após o bilionário chegar a um acordo para comprar o Twitter.
A empresa agora é avaliada em US$ 907 bilhões (cerca de R$ 4,5 trilhões). A companhia terminou o dia com uma queda de 12,18% no valor das ações, vendidas a US$ 876,42 (R$ 4.377,45).
Desde 4 de abril, quando a participação de Musk no Twitter foi revelada, a Tesla desvalorizou cerca de 23%, de acordo com a Economatica. Isso equivale a uma perda de US$ 275 bilhões (R$ 1,3 trilhão) em valor de mercado.
No período, a participação de 17% de Musk na empresa enxugou mais de US$ 40 bilhões, segundo a Bloomberg.
Na última segunda (25), o Twitter anunciou que aceitou uma oferta de US$ 44 bilhões feita por Musk. A transação ainda precisa ser aprovada pelos demais acionistas e por órgãos regulatórios, mas a companhia espera que ela seja concluída ainda este ano.
“O fator mais relevante para a queda que vimos hoje é a possibilidade de o Musk vender uma parte considerável de sua posição em Tesla para pagar a aquisição do Twitter”, disse Natan Epstein, sócio da Catarina Capital, gestora de investimentos com foco em empresas de tecnologia.
Segundo ele, o tombo também foi causado pelo receio de alguns investidores de que o foco de Musk seja dividido entre as duas empresas.
Tesla na Bolsa
Apesar do tombo, a Tesla ainda é a 5ª maior empresa em valor de mercado na Nasdaq, de acordo com a Economatica. A empresa está atrás apenas de Apple, Microsoft, Alphabet (do Google) e Amazon.
Fundada em 2003, a montadora de Musk tem fábricas nos Estados Unidos, na China e na Alemanha. A fábrica europeia foi inaugurada em março, tem investimento de 5 bilhões de euros (R$ 26 bilhões) e poderá produzir até 500 mil carros por ano.
A notícia da compra do Twitter por Elon Musk gerou reações diversas entre usuários e especialistas. E levantou muitas especulações sobre como será “a era Musk” na rede social.
Analistas acreditam que o bilionário enfrentará grandes desafios para concretizar medidas espinhosas que vem sinalizando nos últimos tempos, como:
— atenuar a moderação de conteúdo;
— fazer alterações na verificação de perfis;
— abrir o algoritmo da plataforma.
Por outro lado, entendem que o arrojo de alguém como Musk poderá contribuir para:
— fazer a rede crescer, se tornar mais rentável e esquentar a briga com rivais;
— entrar em novos negócios.
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