Sábado, 14 de Dezembro de 2024

Home Brasil Agência de risco S&P altera de estável para positiva a nota de crédito do Brasil

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A agência internacional de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) alterou de estável para positiva a perspectiva para a nota de crédito do Brasil. A decisão foi divulgada no fim da tarde desta quarta-feira (14).

A perspectiva positiva significa que a agência pode elevar a nota do país nos próximos dois anos. Atualmente, a S&P concede nota BB- para o país, ou seja, três níveis abaixo do grau de investimento, garantia de que o país não corre risco de dar calote na dívida pública.

A S&P informou, em nota, que a melhora da perspectiva reflete uma possibilidade maior de que o país cresça mais com a estabilidade nas políticas monetária e fiscal. Apesar de déficits ainda elevados, a agência afirmou que o crescimento contínuo do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) e o novo arcabouço fiscal proposto pelo governo possam fazer a dívida pública subir menos que o inicialmente esperado.

De acordo com o comunicado, a melhora da perspectiva representa um primeiro passo para melhorar a nota da dívida pública brasileira. A agência cita, ainda, o rating (classificação de risco) poderá ser elevado em dois anos caso as instituições implementem uma política econômica “pragmática”, que consiga abrir espaço para mais crescimento. Além do novo arcabouço, a agência citou a aprovação de reformas adicionais, como a tributária.

A última vez em que a S&P tinha elevado a perspectiva da nota do Brasil tinha sido em 2019. Com a pandemia de covid-19, a perspectiva voltou a ficar estável em 2020, mas o rating da dívida brasileira não mudou.

Desde janeiro de 2018, a S&P Global enquadra o Brasil três níveis abaixo do grau de investimento, mesma nota concedida pela Fitch, outra das principais agências de classificação de risco. A Moody’s classifica o país dois níveis abaixo do grau de investimento.

Em entrevista para a imprensa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a melhora da economia brasileira se deve à “harmonia entre os Poderes”, mas destacou que aguarda o Banco Central (BC) “se somar a este esforço”.

“Eu penso que a harmonia entre os poderes tem concorrido para este resultado — ainda modesto, mas um resultado importante. É uma mudança de viés, de rota”, disse.

 

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