Sexta-feira, 15 de Agosto de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 14 de agosto de 2025
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nessa quinta-feira (14) que o Congresso Nacional não votou propostas que regulam as redes sociais porque as big techs direcionam algoritmos contra os políticos.
“Este é o grande drama das redes sociais: são os algoritmos. Por que o mundo político receia muito em votar uma legislação? Porque as redes sociais direcionam os algoritmos. Quando vai consultar aquele deputado só vem notícia ruim. O que apoia as redes sociais sem regulamentação só vem notícia boa. Os algoritmos são direcionados”, disse.
Segundo o ministro, o Supremo definiu um dever de cuidado das plataformas diante da inação do Congresso. Ele disse que a tese definida pela corte é “minimalista, mas com algumas restrições necessárias”.
“A autocontenção não existe nas redes sociais. Não é possível mais que se permita desafios de adolescentes, crianças e adolescentes se automutilando. Isso não é liberdade de expressão […] Há necessidade, no geral, de uma maior responsabilização”, defendeu.
As declarações foram dadas por Moraes durante uma roda de conversa com influenciadores digitais na sede do STF, em Brasília. O encontro durou 1 hora.
O Supremo convidou 26 criadores de conteúdo para uma visita de dois dias ao Supremo na segunda edição do projeto “Leis e Likes”. Entre os influenciadores estavam Antonio Tabet, Deia Freitas, Fred Nicácio, Yuri Marçal e Mizael Silva — humorista que se identifica nas redes como “advogado do Xandão”.
Os influenciadores digitais ainda tiveram encontros com os presidentes do STF, Luís Roberto Barroso, e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia.
O grupo movimentou a sede do Supremo. Mizael Silva andou pelos corredores do tribunal gravando vídeos como se tivesse seu primeiro encontro com o cliente Moraes. Os criadores de conteúdo eram incentivados a publicar, em tempo real, os encontros e salões que visitavam. (Com informações da Folha de S.Paulo)
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