Terça-feira, 21 de Maio de 2024

Home Copa do Mundo 22 Algoritmo do instituto do “pai da computação” não previu eliminação do Brasil por pênaltis; entenda

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O futebol não tem lógica. A derrota da seleção brasileira para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo no Catar não foi prevista pelo algoritmo de inteligência artificial do Instituto Alan Turing, considerado o “pai da computação”.

O instituto alimentou seu algoritmo com dados históricos sobre as partidas de cada time que disputaria a edição de 2022 da Copa do Mundo e fez 100 mil simulações de jogos. O resultado era claro: o Brasil era o grande favorito para vencer o Mundial.

“O Brasil é o grande favorito, com cerca de 25% de chance de vencer, enquanto Bélgica e Argentina também são altamente cotadas”, disse o instituto, em uma publicação em 18 de novembro deste ano. França, Inglaterra e Espanha apareceram na análise, respectivamente, como quarta, quinta e sexta colocadas.

Então, o que deu errado? No caso do Brasil, a culpa foi dos pênaltis.

A análise do Instituto Alan Turing não considerou a cobrança de pênaltis com embasamento em dados históricos. Talvez, se tivesse feito isso, teria identificado que a Croácia nunca perdera uma decisão por pênaltis. Em vez de se basear em dados, os pesquisadores optaram por uma análise baseada na sorte, dando 50-50 para cada time em caso de uma partida empatada chegar a esse último recurso do futebol.

Alguns outros fatores limitantes podem gerar distorções na análise do instituto, como a performance excepcional de jogadores e as condições climáticas no dia da partida.

Com o Brasil e Bélgica eliminados, agora, a análise ainda pode acertar a melhor de três se a Argentina vencer o Mundial.

Fator humano

O fracasso do Brasil na Copa do Mundo do Catar encerra uma Era Tite marcada por números superlativos, mas resultado final decepcionante. Contra a Croácia, o treinador conheceu mais uma eliminação no Mundial.

Além da despedida desta sexta-feira no Mundial do Catar, houve também a derrota para a Bélgica nas quartas de final da Copa da Rússia, e a perda do título da Copa América em casa para a Argentina no ano passado. Assim, seis anos e meio após assumir a seleção, o técnico deixa o comando da equipe apenas com o título continental de 2019 no currículo. Foram apenas seis derrotas em 81 jogos.

Tite anunciara ainda no primeiro semestre que deixaria a seleção ao final da Copa do Mundo, mas a eliminação nas quartas de final do Catar – mesma fase em que caiu na Rússia em 2018 – tornou sua situação insustentável de qualquer forma.

Único técnico a comandar o Brasil em dois Mundiais seguidos mesmo tendo falhado no primeiro, ele aproveitou mal a segunda chance. Não bastasse perder para uma seleção africana pela primeira vez na história das Copas na primeira fase, a queda desta sexta-feira ocorreu diante de uma seleção que em momento algum foi apontada como candidata ao título.

Os dois fracassos contrastam com o status de sua chegada, em junho de 2016. À época, Tite era quase uma unanimidade. Tanto que condicionou sua contratação à de Edu Gaspar, seu “chefe imediato” na hierarquia da seleção brasileira. Impôs um modelo de trabalho próprio, passou a bater ponto diariamente na sede da CBF e inflou o estafe da seleção – na Rússia e no Catar, a delegação brasileira contou com cerca de 60 pessoas.

O desempenho naquele seu primeiro ciclo foi irretocável, e até em função disso que o treinador foi mantido no cargo mesmo com a eliminação para a Bélgica – uma seleção em ascensão – na Copa da Rússia.

O ciclo para o Mundial do Catar foi marcado pela pandemia, calendário espremido e ausência quase que total de confrontos com europeus. Nesse contexto, os números seguiram a favor de Tite, que encerrou as Eliminatórias Sul-Americanas em primeiro lugar, invicto e com recorde de pontos na história – foram 45 conquistados em 17 jogos, com 14 vitórias e três empates.

Mas, assim como acontecera em 2018, os bons resultados nas Eliminatórias não encontraram reflexo na Copa do Mundo. O Brasil encerrou a primeira fase no Catar com apenas três gols marcados em três partidas, incluindo a derrota por 1 a 0 para Camarões. A vitória nas oitavas por 4 a 1 deu algum fôlego, mas o respiro extra só foi suficiente até esta sexta-feira.

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