Quinta-feira, 06 de Fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 25 de setembro de 2022
Antes da mobilização, anunciada na última semana, a Rússia tinha dificuldades para conseguir um número adequado de recrutas para o conflito contra a Ucrânia. Com isso, adotou um expediente comum em outros conflitos: acenar com dinheiro à população de baixa renda.
O governo também mirou nas minorias étnicas e nos imigrantes de ex-repúblicas soviéticas. Advogados relatam que muitos de seus clientes foram ameaçados de extradição caso não se voluntariassem para a guerra. Outros receberam a promessa de cidadania caso se juntassem às forças de Putin.
No Telegram, o canal Povo da Buriácia, ligado ao movimento antiguerra, publicou o relato de um funcionário da administração local sobre a mobilização que, segundo ativistas, já convocou mais de cinco mil pessoas na região.
Segundo o site investigativo iStories, o Daguestão, república localizada no Cáucaso, de 3 milhões de habitantes, registrou oficialmente 259 militares mortos. Na Buriácia, onde vivem 970 mil pessoas, foram 277 mortos, enquanto Moscou, com seus 13 milhões de habitantes, teve dez baixas.
Ativistas acusam autoridades de ignorarem restrições para convocações e até de ameaçar retirar cidadania de quem não quiser lutar na Ucrânia. Eles apontam que nem mesmo as restrições às convocações, que afetam estudantes, pessoas com mais de cinco filhos ou certos profissionais, estão sendo respeitadas.
Com as ameaças, muitos imigrantes e moradores de regiões como a própria Buriácia estão se somando às multidões que tentam desesperadamente sair do país.
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