Sábado, 27 de Julho de 2024

Home Mundo Americanos podem ter de esperar semanas até terem testes de covid prometidos pelo presidente Joe Biden

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu aos americanos que vai disponibilizar gratuitamente 500 milhões de testes de covid-19. Mas a ajuda poderá levar semanas, ou até mais, para chegar aos americanos que estão ansiosos ao enfrentarem um novo surto de casos do coronavírus.

O governo Biden ainda não assinou o contrato para a compra dos testes, e o site para encomendá-los só estará disponível em janeiro de 2022. As autoridades não disseram quantos testes a população poderá solicitar ou com qual rapidez eles serão enviados assim que estiverem disponíveis no mês que vem. Os fabricantes anunciaram que já estão produzindo testes o mais rápido possível.

Como candidato, Biden criticou a falta de testes durante o governo Donald Trump, dizendo em março de 2020 que “o fracasso do governo nos testes foi colossal; um fracasso de planejamento, liderança e execução”. Mas a variante Ômicron pegou a Casa Branca desprevenida, como o presidente Biden mesmo reconheceu, e os casos ultrapassaram em muito a capacidade do governo atual em disponibilizar os testes.

A promessa de Biden de meio bilhão de testes foi peça central de um esforço recente do governo, anunciado poucos dias antes do Natal, para tentar testar muitas pessoas.

Enquanto isso, os americanos tentam encontrar os testes para saber se estarão infectados durante a temporada de férias. “Isso não é um plano – é uma esperança”, disse Jennifer Nuzzo, epidemiologista da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins, que acompanha as tendências dos testes. “Se esses testes vierem em janeiro e fevereiro, isso terá certo impacto.” Os contratos para a compra de testes podem ser finalizados já na próxima semana, segundo as autoridades americanas.

Capacidade

Se os fabricantes de testes conseguirão produzir mais 500 milhões de testes para serem realizados em casa – e em quanto tempo -, isso ainda não está claro. John M. Koval, porta-voz da Abbott Laboratories, um grande fabricante de antígenos caseiros rápidos, disse em uma mensagem por e-mail que sua empresa está recebendo uma “demanda sem precedentes” para testes, e “está enviando tudo o mais rápido quanto possível”.

A Abbott está operando suas fábricas 24 horas por dia, investindo em automação e contratando mais trabalhadores, disse Koval. A empresa fará 70 milhões de testes em janeiro, segundo ele, número que “pode aumentar significativamente nos próximos meses”.

Ellume, um fabricante concorrente australiano de teste rápido afirmou por comunicado que “está pronto para atender ao aumento da demanda”, fornecendo ao governo dos EUA 8,5 milhões de testes e abrindo uma nova fábrica em Frederick, no Estado de Maryland, em janeiro. Quando estiver totalmente operacional, essa fábrica deverá produzir 15 milhões de testes por mês.

O plano de Biden enfrenta concorrência interna das autoridades estaduais e locais que saíram na frente do presidente. Em Maryland, o governador Larry Hogan anunciou no mês passado que sua administração disponibilizaria 500 mil testes caseiros Abbott. O Colorado começou a distribuir testes domésticos gratuitos em outubro. Dezenas de cidades e vilas em Massachusetts já estão enviando testes gratuitos, segundo o novo programa deste Estado.

Especialistas dizem que é improvável que 500 milhões de novos testes estejam disponíveis de uma só vez. Michael Mina, epidemiologista e ex-professor de Harvard que pediu repetidamente a ampliação do uso de testes, disse esperar que eles fossem distribuídos em dois a três meses. “Se isso tivesse começado há muito tempo, talvez as coisas fossem um pouco diferentes”, disse Mina, que recentemente se tornou diretor científico da eMed, que distribui testes caseiros. “Mas é onde estamos agora, e meio que teremos que lidar com isso.”

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