Segunda-feira, 06 de Maio de 2024

Home Variedades Anitta deixa o Conselho de Administração do Nubank

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Pouco mais de um ano após ser chamada para integrar o Conselho de Administração do Nubank, em junho de 2021, o banco digital anunciou nesta terça-feira (9) que a cantora Anitta deixa o cargo para ser sua Embaixadora Global de Marca. Nesta posição, a artista estará mais envolvida na estratégia de marketing e projetos de comunicação em vez de participar das principais decisões da empresa.

Segundo o banco digital, a mudança foi um pedido de Anitta e está alinhada com o marketing global do Nubank, que abriu capital na Bolsa de Nova York em 2021 e, assim como a cantora, busca se internacionalizar.

Ela será substituída no conselho na próxima assembleia de acionistas “em razão do intenso crescimento de sua agenda como popstar global”, diz comunicado do banco. Para o seu lugar, foi indicado Thuan Pham, atual diretor de tecnologia da Coupang e ex-executivo da Uber.

Procurada, porém, Anitta se limitou a encaminhar nota via Nubank em que diz que ficou “feliz” e “orgulhosa” por receber o convite para ser embaixadora da marca e que assume “essa responsabilidade trabalhando no desenvolvimento da educação financeira de milhões de pessoas”.

Nas suas redes sociais, entretanto, a primeira artista solo brasileira indicada numa das categorias do MTV Video Music Awards (VMA), um dos principais prêmios da música americana, não disse nada sobre sua saída do Nubank. Sua conta no Twitter faz menção apenas a este prêmio e ao lançamento da sua deo colônia íntima.

Na timeline do seu Instagram os últimos posts até esta terça eram sobre sua nova música de trabalho e o perfume. Os stories da rede também destacam estes dois assuntos, além de um jantar com amigos e a sua participação no podcast o Poddelas, na segunda-feira, onde compartilhou um áudio do candidato e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na mensagem de voz colocada ao vivo, Lula responde a um convite dela para acompanha-la no Poddelas. Ele disse que iria e aproveitou a deixa para dizer que discutiria problemas do Brasil, das mulheres, das crianças e problemas do dia a dia.

O áudio foi ao ar no mesmo horário em que o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro participava de uma live no Flow Podcast. A situação movimentou a internet. Diversas publicações ressaltaram o tino da cantora em aproveitar a sua audiência para direcionar a atenção aos projetos de seu interesse.

O apoio ao ex-presidente Lula (PT) na corrida presidencial, entretanto, é apontado como uma das razões pelas quais ela saiu do Conselho. Sua posição não repercutiu bem entre todos os clientes, como admitiu recentemente David Vélez, cofundador e CEO global do banco digital, em entrevista ao Valor Econômico. Em nota, ele classificou Anitta como “uma empresária extraordinária” e agradeceu suas contribuições.

Para o professor de marketing da ESPM Marcelo Boschi, a adesão de Anitta ao petista provavelmente pesou na decisão, já que isso poderia passar uma mensagem de parcialidade política do banco, o que instituições financeiras tentam evitar.

Essa situação mostra os riscos do marketing baseado hoje por personalidades que têm grande influência nas redes sociais, observa o professor.

“O banco quis a popularidade dela sem o ônus”, diz Boschi, observando que influenciadores são capazes de mobilizar audiências jovens, mas também trazem riscos de imagem.

“Com toda essa personalidade que faz dela esse canhão capaz que de falar com 60 milhões de pessoas, vem junto a tatuagem, o perfume para região íntima e a posição política, o que, mesmo para um banco que não quer ter uma imagem conservadora, pesa. Ao querer associar a imagem dela com a do banco, vem o pacote todo.”

 

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