Terça-feira, 23 de Abril de 2024

Home em foco Ao menos 516 civis já morreram em ataques na Ucrânia, diz a ONU

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Pelo menos 516 civis foram mortos na Ucrânia desde que a Rússia começou sua invasão em 24 de fevereiro, disse o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos em sua última atualização nesta quarta-feira (9).

Este é um aumento de 42 mortes em relação à atualização anterior na segunda-feira. Cerca de 908 civis também ficaram feridos, informou a ONU na quarta-feira.

“A maioria das baixas civis registradas foi causada pelo uso de armas explosivas com uma ampla área de impacto, incluindo artilharia pesada e sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, mísseis e ataques aéreos”, disse a ONU.

Os números reais “são consideravelmente mais altos, em território controlado pelo governo e especialmente nos últimos dias, pois o recebimento de informações de alguns locais onde ocorreram intensas hostilidades foi adiado e muitos relatórios ainda aguardam confirmação”, acrescentou.

A ONU disse que o aumento dos números em relação ao anterior “não deve ser atribuído às baixas civis que ocorreram apenas em 8 de março, pois durante o dia o ACNUDH também corroborou as baixas ocorridas nos dias anteriores”.

Transferência de dados

O governo ucraniano está se preparando para a potencial necessidade de transferir seus dados e servidores para o exterior se as forças invasoras da Rússia avançarem mais no país, disse uma autoridade graduada de segurança cibernética à agência de notícias Reuters nesta quarta.

Victor Zhora, vice-chefe do Serviço Estatal de Comunicações Especiais e Proteção de Informações da Ucrânia, enfatizou que seu departamento está planejando uma contingência, sugerindo que os ucranianos querem estar prontos para qualquer ameaça russa de apreender documentos confidenciais do governo.

“Estamos preparando o terreno”, disse Zhora. O plano A é proteger a infraestrutura de TI na Ucrânia. Removê-la para outro país seria apenas um “Plano B ou C”.

A transferência só poderia acontecer após mudanças regulatórias aprovadas pelos parlamentares ucranianos, disse Zhora.

Autoridades do governo já estão enviando equipamentos e backups para áreas mais seguras da Ucrânia, fora do alcance das forças russas, que invadiram o país em 24 de fevereiro e estão cercando várias cidades.

No mês passado, Zhora disse ao Politico que havia planos de transferir dados críticos para fora da capital Kiev, caso ela fosse ameaçada, mas os preparativos para a possível transferência de dados para o exterior vão um passo adiante.

A Ucrânia recebeu ofertas para hospedar dados de vários países, disse Zhora, recusando-se a identificá-los. Por razões de proximidade “será preferível uma localização europeia”, segundo ele.

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