Segunda-feira, 09 de Dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 2 de novembro de 2024
O governo da Bolívia afirmou nesse sábado (2) que ao menos 200 soldados estão detidos por apoiadores do ex-presidente Evo Morales. Os militares foram rendidos após o ataque na sexta-feira (1º) a três quartéis na região de Chapare, nos arredores de Cochabamba.
Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores, os autores da ação “se apropriaram de armamento de guerra e munições”. Anteriormente, o governo havia informado que 20 soldados estavam retidos.
“Lembramos ainda que pegar em armas contra a pátria é considerado uma traição e um levante armado contra a segurança e a soberania do Estado”, prossegue o comunicado.
Apoiadores de Evo Morales invadiram o Regimento “Cacique Juan Maraza”, no município de Villa Tunari, na região de Cochabamba, armados com bastões de madeira, e fizeram militares reféns. Um regimento naval também foi invadido.
Em um vídeo que circula em redes sociais, pelos menos 10 militares aparecem cercados por camponeses que carregam bastões pontiagudos feitos de madeira. Segundo a agência estatal de notícias da Bolívia, trabalhadores de saúde também estão entre os aprisionados. “Cortaram nossa água, nossa luz e nos tomaram como reféns”, narra um deles.
O militar que fala no vídeo pede o fim da intervenção aos bloqueios de apoiadores de Morales e clama que seu superior considere o pedido. “A vida de todos os meus instrutores e dos meus soldados está em perigo (…) por favor, meu general, solicito que considere. Estamos pais, filhos, irmãos, famílias inteiras aqui”, expressa.
A invasão das unidades militares acontece, segundo a agência estatal do país, como resposta às operações do governo de Luis Arce para dissolver os bloqueios de estrada que vêm sendo realizados há cerca de 20 dias por apoiadores de Morales.
Nessa sexta-feira (1), o ministro da Defesa da Bolívia, Edmundo Novillo, afirmou que “a paciência e a tolerância têm limites” e que o governo se viu na obrigação de “tomar ações institucionais garantindo a livre circulação”.
Reação
Os protestos acontecem contra a possível prisão do ex-presidente, investigado por supostas relações sexuais com uma menor de idade.
Morales diz estar sendo perseguido por Arce, ex-aliado, com quem tem um confronto aberto. O líder indígena chegou a ser intimado a prestar depoimento, mas não compareceu.
No último fim de semana, Morales publicou um vídeo em que aparece sofrendo um ataque a tiros e seu carro atingido por disparos. Ele afirma que o governo Arce tentou assassiná-lo.
As autoridades bolivianas, no entanto, afirmam que Morales passou por um bloqueio policial e disparou contra agentes.
Prejuízo
Nos últimos 20 dias, manifestantes bloquearam diversas rodovias do país, causando prejuízo de ao menos US$ 1,7 bilhão (R$ 9,8 bilhões), segundo o governo —os protestos, iniciados após Evo desobedecer uma intimação do Ministério Público para depor, interromperam o fornecimento de alimentos e combustível em diversas partes do país.
O governo boliviano enviou as Forças Armadas para a região de Chapare para apoiar a polícia no desbloqueio das estradas bloqueadas. Tratores e forças de segurança foram enviados para dissolver os bloqueios e houve confrontos entre manifestantes e policiais.
Evo disse na sexta que iniciaria uma greve de fome para pressionar por uma negociação com o governo. “Para priorizar o diálogo, vou iniciar uma greve de fome até que o governo instale (…) mesas de diálogo.”
Por Redação Rádio Pampa | 2 de novembro de 2024
O governo da Bolívia afirmou nesse sábado (2) que ao menos 200 soldados estão detidos por apoiadores do ex-presidente Evo Morales. Os militares foram rendidos após o ataque na sexta-feira (1º) a três quartéis na região de Chapare, nos arredores de Cochabamba.
Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores, os autores da ação “se apropriaram de armamento de guerra e munições”. Anteriormente, o governo havia informado que 20 soldados estavam retidos.
“Lembramos ainda que pegar em armas contra a pátria é considerado uma traição e um levante armado contra a segurança e a soberania do Estado”, prossegue o comunicado.
Apoiadores de Evo Morales invadiram o Regimento “Cacique Juan Maraza”, no município de Villa Tunari, na região de Cochabamba, armados com bastões de madeira, e fizeram militares reféns. Um regimento naval também foi invadido.
Em um vídeo que circula em redes sociais, pelos menos 10 militares aparecem cercados por camponeses que carregam bastões pontiagudos feitos de madeira. Segundo a agência estatal de notícias da Bolívia, trabalhadores de saúde também estão entre os aprisionados. “Cortaram nossa água, nossa luz e nos tomaram como reféns”, narra um deles.
O militar que fala no vídeo pede o fim da intervenção aos bloqueios de apoiadores de Morales e clama que seu superior considere o pedido. “A vida de todos os meus instrutores e dos meus soldados está em perigo (…) por favor, meu general, solicito que considere. Estamos pais, filhos, irmãos, famílias inteiras aqui”, expressa.
A invasão das unidades militares acontece, segundo a agência estatal do país, como resposta às operações do governo de Luis Arce para dissolver os bloqueios de estrada que vêm sendo realizados há cerca de 20 dias por apoiadores de Morales.
Nessa sexta-feira (1), o ministro da Defesa da Bolívia, Edmundo Novillo, afirmou que “a paciência e a tolerância têm limites” e que o governo se viu na obrigação de “tomar ações institucionais garantindo a livre circulação”.
Reação
Os protestos acontecem contra a possível prisão do ex-presidente, investigado por supostas relações sexuais com uma menor de idade.
Morales diz estar sendo perseguido por Arce, ex-aliado, com quem tem um confronto aberto. O líder indígena chegou a ser intimado a prestar depoimento, mas não compareceu.
No último fim de semana, Morales publicou um vídeo em que aparece sofrendo um ataque a tiros e seu carro atingido por disparos. Ele afirma que o governo Arce tentou assassiná-lo.
As autoridades bolivianas, no entanto, afirmam que Morales passou por um bloqueio policial e disparou contra agentes.
Prejuízo
Nos últimos 20 dias, manifestantes bloquearam diversas rodovias do país, causando prejuízo de ao menos US$ 1,7 bilhão (R$ 9,8 bilhões), segundo o governo —os protestos, iniciados após Evo desobedecer uma intimação do Ministério Público para depor, interromperam o fornecimento de alimentos e combustível em diversas partes do país.
O governo boliviano enviou as Forças Armadas para a região de Chapare para apoiar a polícia no desbloqueio das estradas bloqueadas. Tratores e forças de segurança foram enviados para dissolver os bloqueios e houve confrontos entre manifestantes e policiais.
Evo disse na sexta que iniciaria uma greve de fome para pressionar por uma negociação com o governo. “Para priorizar o diálogo, vou iniciar uma greve de fome até que o governo instale (…) mesas de diálogo.”
Por Redação Rádio Pampa | 2 de novembro de 2024
O governo da Bolívia afirmou nesse sábado (2) que ao menos 200 soldados estão detidos por apoiadores do ex-presidente Evo Morales. Os militares foram rendidos após o ataque na sexta-feira (1º) a três quartéis na região de Chapare, nos arredores de Cochabamba.
Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores, os autores da ação “se apropriaram de armamento de guerra e munições”. Anteriormente, o governo havia informado que 20 soldados estavam retidos.
“Lembramos ainda que pegar em armas contra a pátria é considerado uma traição e um levante armado contra a segurança e a soberania do Estado”, prossegue o comunicado.
Apoiadores de Evo Morales invadiram o Regimento “Cacique Juan Maraza”, no município de Villa Tunari, na região de Cochabamba, armados com bastões de madeira, e fizeram militares reféns. Um regimento naval também foi invadido.
Em um vídeo que circula em redes sociais, pelos menos 10 militares aparecem cercados por camponeses que carregam bastões pontiagudos feitos de madeira. Segundo a agência estatal de notícias da Bolívia, trabalhadores de saúde também estão entre os aprisionados. “Cortaram nossa água, nossa luz e nos tomaram como reféns”, narra um deles.
O militar que fala no vídeo pede o fim da intervenção aos bloqueios de apoiadores de Morales e clama que seu superior considere o pedido. “A vida de todos os meus instrutores e dos meus soldados está em perigo (…) por favor, meu general, solicito que considere. Estamos pais, filhos, irmãos, famílias inteiras aqui”, expressa.
A invasão das unidades militares acontece, segundo a agência estatal do país, como resposta às operações do governo de Luis Arce para dissolver os bloqueios de estrada que vêm sendo realizados há cerca de 20 dias por apoiadores de Morales.
Nessa sexta-feira (1), o ministro da Defesa da Bolívia, Edmundo Novillo, afirmou que “a paciência e a tolerância têm limites” e que o governo se viu na obrigação de “tomar ações institucionais garantindo a livre circulação”.
Reação
Os protestos acontecem contra a possível prisão do ex-presidente, investigado por supostas relações sexuais com uma menor de idade.
Morales diz estar sendo perseguido por Arce, ex-aliado, com quem tem um confronto aberto. O líder indígena chegou a ser intimado a prestar depoimento, mas não compareceu.
No último fim de semana, Morales publicou um vídeo em que aparece sofrendo um ataque a tiros e seu carro atingido por disparos. Ele afirma que o governo Arce tentou assassiná-lo.
As autoridades bolivianas, no entanto, afirmam que Morales passou por um bloqueio policial e disparou contra agentes.
Prejuízo
Nos últimos 20 dias, manifestantes bloquearam diversas rodovias do país, causando prejuízo de ao menos US$ 1,7 bilhão (R$ 9,8 bilhões), segundo o governo —os protestos, iniciados após Evo desobedecer uma intimação do Ministério Público para depor, interromperam o fornecimento de alimentos e combustível em diversas partes do país.
O governo boliviano enviou as Forças Armadas para a região de Chapare para apoiar a polícia no desbloqueio das estradas bloqueadas. Tratores e forças de segurança foram enviados para dissolver os bloqueios e houve confrontos entre manifestantes e policiais.
Evo disse na sexta que iniciaria uma greve de fome para pressionar por uma negociação com o governo. “Para priorizar o diálogo, vou iniciar uma greve de fome até que o governo instale (…) mesas de diálogo.”
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