Quarta-feira, 26 de Março de 2025

Home em foco As trocas de mensagens entre Bolsonaro e o presidente do PL após os atos extremistas

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O presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, é um dos poucos aliados com quem Jair Bolsonaro tem mantido contato frequente nas últimas duas semanas. As conversas, como já é costume do ex-presidente, são por mensagens de WhatsApp.

Os assuntos principais são de caráter pessoal, como a saúde de Bolsonaro, que passou dois dias internado em um hospital na Flórida (EUA), onde está com Michelle. A disputa pela presidência do Senado, que terá Rogério Marinho (PL-RN) entre os concorrentes, também é debatida na troca de mensagens.

Os ataques extremistas protagonizados por manifestantes contrários ao governo atual contra os prédios dos Três Poderes, no entanto, têm ficado de fora das conversas. Membros do PL afirmam que Bolsonaro evita falar do episódio até com Valdemar e quando se refere ao acontecido é conciso. O presidente do partido, sabendo que o tema é “minado”, também o evita.

Em entrevista à CNN Brasil nesta semana, Bolsonaro disse que pretende antecipar sua volta ao País por conta de seu problema de obstrução intestinal, decorrente da facada que o atingiu em 2018. Na mesma fala, o ex-presidente classificou os atos de vandalismo em Brasília como “lamentáveis”. Na quarta (11), o ex-presidente voltou a compartilhar em seu Facebook uma notícia falsa sobre as eleições inflando os golpistas.

Troca

Aliados de primeira ordem e ex-ministros de Bolsonaro tentaram contato com o ex-presidente enquanto seus apoiadores radicais depredavam os prédios dos Três Poderes, no domingo (8), mas não tiveram sucesso.

O motivo é que o ex-presidente trocou de celular e repassou o número apenas para um círculo restrito de pessoas. A mudança de aparelho, segundo esses aliados, teria ocorrido há pouco mais de uma semana, quando Bolsonaro deixou o Brasil para viajar para os Estados Unidos.

A avaliação entre ex-integrantes do governo Bolsonaro é que o vandalismo praticado por seus apoiadores complica ainda mais a difícil situação do ex-presidente na Justiça. Para eles, as chances de o capitão ficar inelegível e ser preso aumentaram consideravelmente.

O ex-presidente foi ao Twitter tentar se desvincular dos atos extremistas, mas é consenso entre representantes do Judiciário, Executivo e boa parte do Legislativo que Bolsonaro tem importante parcela de culpa no episódio com o discurso de ódio que propaga e a omissão em condenar tais crimes.

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