Terça-feira, 08 de Outubro de 2024

Home em foco Assassinato acirra tensão entre Lula e Bolsonaro

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O assassinato, no último domingo (10), de um guarda civil e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR) por um militante bolsonarista acirrou os ânimos nas campanhas do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Aliados de Bolsonaro passaram esta segunda-feira (11) ecoando reclamações sobre a repercussão do crime e a cobertura dada ao assunto pela imprensa. Já a campanha de Lula sentou-se para discutir uma resposta jurídica e outra política ao episódio.

Investigação

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou na tarde desta segunda que o partido pedirá à Procuradoria-Geral da República (PGR) a federalização da investigação do assassinato do tesoureiro petista Marcelo Aloizio de Arruda, morto a tiros por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante sua própria festa de aniversário.

“Tem que ter uma ação bem contundente quanto a isso e uma movimentação da sociedade civil em apoio”, afirmou Gleisi após reunião sobre segurança com a coordenação da campanha do PT em um hotel na capital paulista. “Não é um crime comum, implica uma questão politica e não é [fato] isolado.”

Segundo a presidente do PT, está sendo articulada uma reunião com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça (12), entre o partido e outras legendas, em que deve ser apresentado um “memorial da violência política”, com fatos recentes, e um pedido por uma campanha por uma eleição pacífica.

“Achamos que o TSE tem de fazer uma campanha alertando sobre violência política. O TSE faz campanha sobre a importância do voto feminino, da importância do voto da juventude, tem de fazer uma campanha da importância de uma eleição pacifica”, afirmou.

E completou: “Eleição não é um campo de guerra, onde você elimina o adversário. [Em] eleição você debate propostas, debate ideias e tem que ter respeito. Isso [violência] é recente, tem nome e tem endereço: é um movimento que foi deflagrado por Jair Bolsonaro, é um movimento de ódio.”

O senador Randolfe Rodrigues (Rede), que também participou da reunião, afirmou que a live (transmissão ao vivo) da última quinta (7) feita por Bolsonaro foi um “apito de cachorro” para incentivar a violência por parte de seus apoiadores. Os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) também serão convidados a assinar o pedido ao TSE.

“Estamos pedindo audiência com o Tribunal Superior Eleitoral, com o presidente e os membros do tribunal onde iremos protocolar uma representação para que o discurso de ódio na campanha seja responsabilizado. Essa representação já está sendo preparada, para qualquer ato de incitação ao crime, os chamados apito de cachorro que o Bolsonaro costuma fazer”, afirmou o senador.

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