Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024

Home Brasil Balança comercial terá superávit recorde de 72 bilhões de dólares em 2023, diz Associação de Comércio Exterior do Brasil

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Após o salto em torno de 20% no comércio exterior em 2022, puxado pela alta nos preços das matérias-primas exportadas pelo País, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) projeta uma queda de 4% para 2023, conforme números anunciados nesta terça-feira (20).

A balança comercial deverá registrar alta de 14,3% em seu superávit, para US$ 71,933 bilhões, que será um valor recorde, superando 2020. Até a terceira semana deste mês, o saldo comercial acumulado em 2022 era um superávit de US$ 60,020 bilhões, segundo o Ministério da Economia. A AEB estima que o superávit fechará o ano em US$ 62,925 bilhões.

Conforme as projeções da AEB, o superávit de 2023 será resultado de exportações de US$ 325,162 bilhões e de importações de US$ 253,229 bilhões. Com isso, a “corrente de comércio” (a soma das exportações com as importações) ficaria em US$ 578,391 bilhões em 2023, o que apontaria para uma queda de 4,0% ante a corrente de 2022.

Até a terceira semana deste mês, a corrente de comércio somou US$ 587,060 bilhões, segundo os dados do Ministério da Economia, e deverá chegar a US$ 602,725 bilhões até o fechamento do ano, conforme as projeções da AEB. No acumulado do ano até a terceira semana de dezembro, a corrente de comércio saltou 22,2% na comparação com igual período de 2021. Ano passado, na esteira da recuperação da economia após os períodos mais graves da pandemia de covid-19, a corrente de comércio saltou 35,9%.

A queda de 4,0% projetada na corrente de comércio para 2023 é puxada pelas perspectivas de recessão na economia global – por causa dos aumentos de juros nos Estados Unidos e na Europa, como reação à inflação elevada que se espalha por todos os países desde fins de 2020 – e pelas incertezas em relação ao desempenho da economia da China, em meio à possibilidade de novas ondas da covid.

Por causa da queda na corrente de comércio, mesmo registrando superávit recorde, o saldo comercial ganha contornos de “superávit negativo”, segundo o presidente executivo da AEB, José Augusto de Castro. “Superávit é importante, mas, no fundo, no fundo o que se quer é atividade econômica”, afirmou o líder da entidade empresarial.

Exportações em alta garantem demanda para a produção nacional, gerando empregos e impulsionando investimentos. Já o crescimento das importações, ainda que aponte que a demanda doméstica está sendo atendida por produtores de outros países, sinaliza para consumo e investimentos em alta na economia brasileira. O saldo de 2023 deverá registrar superávit superior ao de 2022 porque as exportações cairão menos do que as importações, conforme as projeções da AEB.

Além disso, segundo Castro, mesmo os saltos vistos em 2021 e 2022 na corrente de comércio têm seus aspectos não tão positivos. O resultado deste ano ficará acima das projeções iniciais da AEB – em julho, a AEB projetava exportações de US$ 319,471 bilhões, ante os US$ 332,825 bilhões agora esperados –, mas a surpresa é explicada apenas pela dinâmica de preços, disse o presidente da entidade.

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