Quinta-feira, 03 de Julho de 2025

Home Economia Banco Central conversa com 4 países sobre o Pix Internacional

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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, anunciou nessa segunda-feira (27) que está articulando a internacionalização do Pix com Uruguai, Colômbia, Chile e Equador. A ideia é formar um “bloco” de pagamento instantâneo na América Latina, com infraestrutura nos moldes do Pix brasileiro, segundo o chefe da autarquia monetária.

“Estamos olhando em como fazer o Pix internacional. Alguns países da América Latina já estão discutindo com a gente como eles vão adotar o Pix. Achamos que vai ter um bloco. Você viaja entre os países e faz o pagamento automático. Assim, se resolve o problema do pagamento transfronteiriço. Estamos trabalhando com Uruguai, Colômbia e Equador. O Chile também nos procurou”, disse em evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, em Brasília (DF).

Ainda segundo Campos Neto, as discussões sobre “moeda única” não seriam necessárias com a eventual estruturação de um modelo de pagamento instantâneo entre os países da América Latina.

“Acho que isso é uma forma de unificar o bloco, sem necessidade de falar em termos de moeda. Se a gente tem um pagamento instantâneo, já unificado, nós já fazemos o trabalho de pagamento transfronteiriço”, afirmou.

Moeda digital

O executivo também anunciou para o próximo mês o lançamento de um “piloto” do real digital, que, segundo ele, surgiu com a premissa de “fomentar novos negócios”. Desde dezembro de 2021, o BC trabalha com o setor privado em um espécie de “laboratório” com projetos para a versão virtual da moeda brasileira.

“No mês que vem já vamos ter um piloto funcionando. Um piloto da moeda digital. O Brasil vai ser um dos primeiros países do mundo e vamos avançar com o piloto, na medida em que garantirmos a segurança (do modelo). A ideia é ter algo funcionando no máximo no final de 2024”, pontuou Campos Neto.

Serviço

Lançado em 5 de outubro de 2020 e em funcionamento desde o dia 16 de novembro do mesmo ano, o Pix possibilita transferências gratuitas e instantâneas de uma conta para outra, diferentemente do TED e DOC, que contam com restrições de horário e podem demorar mais de um dia para que o dinheiro chegue à pessoa que irá receber.

Qualquer pessoa que tenha conta em banco, plataforma de pagamento ou fintech (startups de tecnologia que oferecem serviços financeiros) pode usar o Pix.

O cadastro é feito dentro do aplicativo ou Internet Banking de sua conta. Por determinação do BC, as instituições financeiras têm que deixar visível o ícone de acesso ao Pix, por isso é fácil identificar onde acessar.

Para utilizar o serviço, é necessário cadastrar pelo menos uma “Chave Pix”, ou seja, forma de identificação do cliente. A chave estará diretamente ligada aos seus dados pessoais e bancários, o que elimina a necessidade de digitar informações como conta, agência e CPF para fazer transações bancárias.

Você pode escolher as seguintes chaves para o Pix: CPF ou CNPJ; e-mail; celular ou chave aleatória (combinação de letras e números gerada aleatoriamente).

Existe ainda o QR Code, que pode ser utilizado para realização de compras ou pagamentos, mas é necessário ter uma Chave Pix cadastrada para utilizá-lo. O QR Code pode ser estático (gerado para uma única transação) ou dinâmico (gerado para várias transações).

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