Quarta-feira, 09 de Julho de 2025

Home Economia Banco Central suspende Pix de três novas instituições financeiras após ataque hacker à C&M Software

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O Banco Central (BC) suspendeu cautelarmente as operações de Pix de mais três instituições financeiras suspeitas de terem recebido recursos desviados em um ataque cibernético contra a provedora de serviços tecnológicos C&M Software. As novas suspensões afetam as empresas Brasil Cash, S3 Bank, Voluti Gestão Financeira. No último dia 4, a Transfeera, Soffy e Nuoro Pay já haviam sido desconectadas do sistema, conforme informações da Agência Brasil.

A Transfeera informou que suas operações seguem normais, exceto pelo Pix, que foi temporariamente desconectado por medida preventiva do Banco Central. A empresa destacou que seus clientes não foram diretamente afetados e está colaborando com as autoridades para liberar a funcionalidade.

A Voluti, por sua vez, afirmou que ao identificar transações suspeitas, acionou seu sistema antifraude, bloqueando contas e valores suspeitos. A empresa comunicou os incidentes aos órgãos competentes e devolveu os valores por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED). A Voluti reforçou que não participou das fraudes, que não houve invasão e que os dados dos clientes não foram comprometidos, estando em colaboração ativa com as investigações.

Em nota, a Brasil Cash disse que a suspensão temporária dos serviços de envio e recebimento de PIX foi determinada pelo Banco Central como medida de precaução. A empresa ressalta que não foi alvo do ataque hacker e nenhum dado de cliente foi comprometido. “A Brasil Cash está atuando com total transparência junto ao Banco Central, contribuindo com as apurações e implementando reforços adicionais de segurança, inclusive com ajustes nos fluxos de operação do Pix para finais de semana e período noturno”.

O ataque hacker, que ocorreu na semana passada, atingiu a infraestrutura da C&M Software, uma empresa que oferece serviços de “bank as a service” (Banking as a Service) para várias instituições financeiras.

O ataque afetou o ambiente de mensageria operado por um Provedor de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI), impactando diretamente o Pix em diversas instituições. A Polícia Civil do Estado de São Paulo esclareceu que o Banco Central e pessoas físicas não foram atingidos. Foram os bancos com contas reservas que sofreram o desvio, com um total de R$ 541 milhões desviados, conforme apurado pela polícia.

O impacto do ataque foi significativo, atingindo uma série de instituições financeiras, como a BMP, que teve o maior prejuízo, além de fintechs, o Banco Paulista, Credsystem e Banco Carrefour. Apesar das suspeitas de desvio, nem a polícia, nem as instituições confirmaram se houve perdas diretas em suas operações de Pix.

Na última sexta (4), um dos suspeitos do ataque foi preso. João Nazareno Roque, de 48 anos, ex-operador de TI da C&M Software, foi detido por sua participação no esquema, onde forneceu dados e credenciais da empresa para um grupo criminoso. Roque alegou ter recebido R$ 15 mil para fornecer acesso às informações e foi preso sob acusação de associação criminosa, furto qualificado e abuso de confiança. (Com informações da revista Exame)

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