Quinta-feira, 23 de Outubro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 17 de maio de 2023
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu críticas feitas por deputados ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, após ser chamado de limitado. O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), afirmou que o ministro não havia respondido suas perguntas – mas que entendia as “limitações” dele, afirmando que Haddad não era economista.
Haddad rebateu com críticas à atuação de Bolsonaro ao longo da pandemia da covid-19. As declarações geraram burburinho no plenário e bate-boca entre os deputados.
“Deputado Evair, o seu conceito de limitação é diferente do meu. O senhor acha o Bolsonaro uma pessoa pouco limitada, eu acho ele a pessoa mais limitada que já vi na minha vida”, disse o ministro. Após essa fala, a polêmica imperou entre os parlamentares.
Haddad disse, então, que a atuação de Bolsonaro durante a pandemia foi ruim, citando que o Brasil tem 2,7% da população mundial e que o ex-presidente foi responsável por 11% das mortes por covid.
“Os correligionários do ex-presidente deveriam se limitar ao debate e não falar sobre limitação. Ofensa pessoal não é uma coisa que vai nos levar a lugar nenhum. Tratei todos com respeito e espero ser tratado com respeito”, afirmou.
Críticas ao arcabouço
O ministro da Fazenda diz entender as críticas feitas ao projeto do arcabouço fiscal, em relação a pontos de vista mais conservadores ou progressistas. Ele ainda disse que o relator, Claudio Cajado (PP-BA), está fazendo um trabalho para conciliar as diferentes visões parlamentares.
“Eu entendo as pessoas que estão criticando o arcabouço ou pelo lado mais conservador ou mais progressista. Quem é mais conservador, quer arrochar mais. Quem é mais progressista está preocupado com o Fundeb (fundo da educação básica), servidor público, salário mínimo. São questões… Você vai dizer que é injusto?”, ponderou. Haddad mencionou que Cajado está trabalhando para conciliar todas as visões no projeto.
“Penso que o relator do arcabouço fez um trabalho muito respeitoso com todas as bancadas e líderes. Consenso é coisa difícil de conseguir e todo mundo está fazendo concessões para chegar em um denominador comum no arcabouço. Penso que o texto foi aperfeiçoado e atendeu a outros setores da sociedade que foram ouvidos”, disse.
“Quando tem uma casa com 513 parlamentares de visão diferente, o relator faz um trabalho para buscar aquele centro expandido, para sinalizar ao País que este centro está sendo reforçado, que estamos despolarizando o País para o bem do próprio País”, disse em sessão conjunta na Câmara dos Deputados.