Terça-feira, 13 de Maio de 2025

Home Economia Bolsa brasileira fecha em queda pela 12ª sessão seguida, recorde histórico, e dólar fica estável com investidores “digerindo” ata do banco central americano

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O Ibovespa recuou pela décima segunda sessão consecutiva nessa quarta-feira (16), a maior sequência já registrada na história do índice. No fim do dia, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo caiu 0,50%, aos 115.591 pontos. Apesar do início de pregão positivo, impulsionado pela alta das ações da Petrobras, o referencial sucumbiu à pressão dos mercados americanos, enquanto investidores analisam a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), e à queda da Eletrobras, na medida em que ruídos políticos crescem na companhia.

As incertezas em relação ao ciclo de aperto de juros nos Estados Unidos, reiteradas na ata da última decisão de juros do Fed, mantiveram investidores globais avessos a riscos. Isso, mais a piora dos papéis da Eletrobras, com ruídos políticos no radar, sentenciaram o Ibovespa à sua décima segunda queda consecutiva. A dinâmica eclipsou o movimento de recuperação da Petrobras.

No fim do pregão, a piora das ações ON e PNB da Eletrobras, que fecharam o dia com quedas de 3,56% e 4,43%, respectivamente, coincidiu com a notícia de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) opinou pela derrubada do trecho da lei de desestatização da Eletrobras que reduziu o poder de voto da União, em parecer que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nessa quarta.

“Além da saída do presidente da elétrica, Wilson Ferreira JR., que pressionou os papéis no curto prazo, o barulho político em torno da empresa voltou com força. Alguns agentes públicos tentaram até relacionar o apagão de ontem com a privatização da empresa. Investidores seguem sensíveis a esses discursos”, diz Antonio Heluany, sócio da Taruá Capital.

Em relação à sequência negativa da bolsa, o gestor diz que a dinâmica tem relação direta com o exterior, já que os dados de atividade da China seguem muito fracos e as incertezas em relação aos juros nos EUA avançam. Analistas do Citi escreveram que “este período nos lembrou que fazemos parte dos mercados globais e os juros dos EUA, em nossa opinião, influenciaram a fraqueza aqui. Mantemos a visão otimista sobre as ações locais, dada a combinação de taxas em queda e níveis de avaliação ainda decentes”.

Dólar

O movimento de apreciação do câmbio doméstico testado pelo mercado no início da tarde dessa quarta se esvaiu na reta final do pregão e levou o dólar a encerrar a sessão praticamente estável contra o real. O tom vigilante da ata da decisão de julho de política monetária do Fed foi determinante para que o dólar se afastasse das mínimas do dia.

No entanto, o viés altista da moeda americana no exterior não foi suficiente para dar continuidade ao estresse observado recentemente, embora o dólar continue próximo do nível psicologicamente importante de R$ 5, já testado, ao longo do pregão, no mercado futuro.

No encerramento dos negócios à vista, a moeda americana era negociada a R$ 4,9863, em queda de 0,01%. Na mínima do dia, o dólar chegou a R$ 4,9515, após ter ido, durante a manhã, à máxima de R$ 4,9920.

Nas últimas semanas, o dólar embarcou em uma tendência de apreciação generalizada, que tem afetado a dinâmica do câmbio doméstico. Por aqui, o nível de R$ 4,72 foi abandonado e, nos últimos dias, a moeda americana tem se aproximado dos R$ 5,00. Ao longo da sessão, inclusive, o dólar futuro para setembro deu prosseguimento ao movimento de ontem e permaneceu, por um bom tempo, acima de R$ 5. No mês de agosto, o dólar acumula alta de 5,44% e, assim, apaga parte da valorização firme do câmbio anotada no ano.

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