Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2025

Home Economia Bolsa brasileira tem novo recorde; dólar recua a R$ 4,86

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O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, fechou em alta nessa terça-feira (19), atingindo um novo recorde histórico pelo segundo pregão consecutivo. A bolsa brasileira encerrou em alta de 0,59%, aos 131.851 pontos, renovando seu recorde histórico pelo segundo pregão consecutivo.

Já o dólar, diante do mesmo cenário, fechou em queda nesta terça. A moeda norte-americana fechou em queda de 0,81%, cotado a R$ 4,8648. No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,65%, vendida a R$ 4,9047.

Ata do Copom

O principal destaque desta terça-feira (19) ficou com a publicação, por parte do Banco Central, da ata da última reunião do Copom. No documento, a instituição reafirmou a intenção e ritmo dos cortes de juros e fez nova menção à importância da preservação da meta de déficit zero nas contas públicas.

“Com relação ao cenário fiscal, tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas”, avaliou o BC.

A lógica é que, sem o atingimento da meta fiscal, o governo contribui para elevar o montante de recursos disponíveis na economia – e, consequentemente, há mais dificuldade em atingir as metas de inflação fixadas para 2024 e para 2025.

A instituição reiterou a visão de que um eventual “esmorecimento” no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal, assim como o aumento do crédito direcionado (BNDES, rural e habitacional, com juros menores) e as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia (que controla a inflação e permite crescimento do PIB).

O texto cita ainda, como consequência desse cenário, possíveis “impactos deletérios sobre a potência da política monetária [de definição da taxa de juros] e, consequentemente, sobre o custo de desinflação em termos de atividade”.

Nota da dívida

Outro destaque do dia foi a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco S&P Global Ratings. O rating do país passou de BB- para BB, com perspectiva estável.

Essa classificação ainda indica uma posição de “grau especulativo”. Isso significa que o país ainda enfrenta incertezas em relação a condições financeiras, mas a subida de nota agora coloca o Brasil a dois degraus do “grau de investimento”.

Já na agenda corporativa, as atenções ficaram voltadas para a Assembleia de Credores da Americanas – a rede de varejo responsável por um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do Brasil.

A empresa anunciou na madrugada desta terça-feira que Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e outros credores aceitaram acordo para apoiarem o plano de recuperação judicial da companhia, que foi à votação em assembleia nesta tarde. Até o fechamento dos mercados, a assembleia ainda não havia sido concluída.

Além de BB e Caixa, “diversos outros detentores de títulos de valores mobiliários da companhia” também aderiram ao acordo. Com as novas adesões ao acordo de apoio, chamado pela Americanas de PSA, o plano de recuperação judicial da empresa conta com adesão de “parcela significativamente superior a 60% da dívida da companhia”.

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