Terça-feira, 16 de Abril de 2024

Home Brasil Bolsonaro “alfineta” prefeitos, governadores e o Supremo por causa do Carnaval de 2022

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Durante cerimônia oficial de formatura na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a ideia de que não sejam realizadas festas de carnaval em 2022. A fala foi acompanhada de mais uma de suas “alfinetadas” a governadores e prefeitos sobre as medidas restritivas de combate à pandemia de coronavírus.

“Eu não vou sair para o Carnaval, mas agora pergunte isso aos governadores. Eduardo Paes [prefeito carioca] já anunciou que sim. Se eu falar que não, ele vai falar o que para mim? Que não vai cumprir meu decreto. Pergunta pra ele e não pra mim”, declarou em entrevista à imprensa.

Semana passada, ao ser questionado sobre as novas restrições adotadas pela Europa devido ao aumento de casos de covid no continente, ele disse que o Brasil não deveria adotar o mesmo tipo de cuidado, por causa de possíveis danos à economia – posição que o chefe do Executivo brasileiro mantém desde o início da crise sanitária. Mas ele também disse que, na sua opinião, a Folia de Momo deve ser cancelada.

Neste sábado, o presidente também evitou comentar o anúncio do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, de fechar as fronteiras aéreas para seis países africanos, devido a uma nova variante do coronavírus detectada na África do Sul. A medida segue orientação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Ao ser questionado sobre o assunto, Bolsonaro (que já havia se declarado contrário ao fechamento das fronteiras aéreas), fez uma referência a decisão tomada em 2020 pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que garantiu autonomia a Estados e municípios para determinar medidas de contenção da pandemia.

“Não é Anvisa que decide? Então perguntem para ela. Ponto final. Eu não tenho opinião. Eu sou um presidente que não tem como decidir questões voltadas sobre a pandemia. Quem dá a palavra final neste país é o Supremo Tribunal Federal”, ironizou.

No que se refere à nova onda pandêmica na Europa e às restrições que já começaram a ser impostas por alguns países, Bolsonaro manteve o discurso de que o Brasil não resistirá a medidas restritivas intensas como as do ano passado: “Se tiver outro lockdown em Estados e municípios, isso vai quebrar de vez a economia”.

Folia cancelada

Em São Paulo, ao menos 45 prefeituras já anunciaram o cancelamento dos festejos do próximo Carnaval, por causa da ameaça representada por uma pandemia que ainda não foi embora, apesar do avanço da vacinação e da estabilização – ou mesmo queda – de indicadores como óbitos e internações hospitalares.

A maioria das administrações municipais justificaram a decisão como necessária para evitar aglomerações e uma possível expansão de novas cepas do vírus.

Em Brasília, autoridades legislativas já discutem alternativas para realizar o Carnaval de rua, além de dar suporte às escolas de samba e aos blocos tradicionais da capital federal. Mas tudo ainda está sujeito a novas decisões, conforme a evolução do quadro da pandemia.

Cerimônia

Bolsonaro participou na manhã deste sábado (27) da formatura de aspirantes a oficial na Aman, tradicionalmente realizada na cidade de Resende (RJ), sede da instituição.

Ele estava acompanhando do vice-presidente Hamilton Mourão e dos ministros Walter Braga Netto (Defesa) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).

Também compareceram os deputados federais Major Vitor Hugo (PSL-GO) e Helio “Bolsonaro” Lopes (PSL-RJ) – figura onipresente ao lado do presidente da República em diversos eventos desde o início da atual gestão do Palácio do Planalto. Além deles, estava presente o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

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